Homens criam site para empoderar pais na criação dos filhos

07/08/2015 17:11 / Atualizado em 04/05/2020 17:41

Daniel Paccini, pai da Maisa de cinco anos e seis meses.
Daniel Paccini, pai da Maisa de cinco anos e seis meses.

“O homem precisa do primeiro empurrão para participar deste assunto restrito e explorado mercadologicamente pela figura da mãe”. A afirmação é do empreendedor Leandro Ziotto, padrasto de um menino de sete anos.

No próximo dia 9 agosto, os pais brasileiros poderão acessar um novo canal de informações sobre os filhos e paternidade. O 4daddy é um site gerido por Leandro e por Daniel Paccini, pai de uma garotinha de cinco anos. (já contamos a história dele aqui). A plataforma é uma extensão de grupo de pais na rede social Facebook, criado depois que eles perceberam um vácuo de informações para pais na internet. “Nunca achei um blog que falasse diretamente para mim”.

“Eu conheço o Vini desde os três anos, então sou padrasto, mas eu odeio esse nome. Sou pai! O Vini tem sorte de ter dois pais que o amam muito. Desde o início tivemos uma sintonia muito boa e assumi o desafio e a responsabilidade de entrar em sua vida e assumir esse papel, sem tirar o merecimento e a posição do pai biológico. A vontade de fazer um grupo de pais só saiu do papel quando conheci o Daniel”, conta Leandro.

Temas como educação, lazer, saúde serão tratados no site. Também haverá conteúdo sobre assuntos jurídicos, relacionamentos, esportes e uma seção em que semanalmente será contada a história de um “daddy” e sua relação com a criação de seus filhos.

Informações sobre os filhos e paternidade.
Informações sobre os filhos e paternidade.

A dupla conta que o empoderamento é a principal conquista de homens que resolvem se encontrar para conversar sobre família “A troca de informações que pode ir desde uma simples sugestão de passeio, passando por dúvidas sobre educação ou como agir diante determinada situação é muito rica. E a segunda maior mudança e a mais difícil barreira de ser quebrada é a cultural. O homem ainda necessita do primeiro empurrão para participar deste assunto que sempre foi restrito e explorado mercadologicamente pela figura da mãe’, argumenta Leandro.

O grupo no Facebook existe há um pouco mais de um mês e até o momento os principais assuntos tratados são educação, lazer e saúde. “Diferentemente do que muitas pessoas pensam, principalmente as esposas, não se trata do relacionamento com a esposa e seus familiares e muito menos trabalho”, brinca Leandro. A ausência de tempo dedicado aos filhos durante a semana é também uma grande preocupação.  Por isso, há bastante troca de sugestões e dicas de lazer para se fazer em várias cidades. “Há muitos compartilhamentos sobre a relação dos filhos com a tecnologia e como isso afeta a saúde deles”, contam.