Menino ajuda amigo com deficiência a usar brinquedo e emociona
Um vídeo registrando dois meninos pequenos brincando, um com deficiência, outro não, juntos, está emocionando a rede. No vídeo, um ajuda o outro a subir em um brinquedo, para que possam aproveitar juntos. Apesar da inclusão ainda ser um grande desafio para crianças com deficiência, suas famílias e também para as escolas, momentos como esse inspiram a construção de um mundo mais diverso e acolhedor à todos.
Experiências de inclusão em escolas brasileiras demonstram que é possível criar ambientes de aprendizado diversos, pautados pelo respeito e afeto entre todos. A história de Arthur, de 6 anos, que mora em Belém, é um exemplo. Com o apoio do projeto Rios de Inclusão, ele finalmente começou a frequentar a escola e está indo muito bem: se desenvolvendo e construindo amizades.
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Há, também, projetos inspiradores de famílias e organizações, que investem em espaços verdadeiramente inclusivos nas cidades. Esse é o caso, por exemplo, de Shirley Ordonio, que criou o projeto “Lazer, Inclusão e Acessibilidade (LIA)” nos parques de Curitiba. Cansada de levar os três filhos a parquinhos e ver sua filha Letícia, de 4 anos, apenas observar os irmãos se divertindo, a mãe aproveitou um balanço antigo, cercado de madeira dos quatro lados, para fazer uma experiência. “Coloquei as almofadas da cadeira de rodas e sentei a Letícia. Ela se divertiu um monte. Foi a gargalhada mais linda que já ouvi no mundo!”, conta.
Outro exemplo de parque adaptado é o Parque do Cordeiro, em São Paulo, que em 2015 ganhou um playground acessível.
O Slowkids, por exemplo, evento realizado pelo movimento que leva o mesmo nome, cuja proposta é oferecer às famílias um dia repleto de brincadeira livre em contato com a natureza, também investe em inclusão. A ideia é que o evento seja, realmente, para todas as famílias e crianças. Pode meio de uma assessoria especializada, os espaços e brincadeiras são pensados para acolher crianças com deficiências.
Mas, para além da importância da inclusão para a criação de sociedades mais diversas e humanas, pesquisadores investigam a importância do convívio entre crianças com deficiência do ponto de vista das outras crianças. A Alana Foundation, fundação filantrópica criada para investir em pesquisas de ponta, inovadoras e capazes de transformar o mundo, financia um estudo que pretende avaliar o impacto social da convivência de alunos com e sem deficiência nas escolas inclusivas.
“Descobrimos que crianças com síndrome de Down tendem a desenvolver certas características, como a tolerância e a compaixão, que estimulam crianças não deficientes a desenvolverem suas qualidades e habilidades”, explicou Ana Lucia Villela, presidente da organização, durante evento da ONU em março desse ano. “Ainda temos muito que aprender e precisamos seguir investindo nas crianças. Mas, se essa nova geração experimentar o processo de inclusão nas escolas hoje, eu acredito que será muito mais difícil encontrar intolerância amanhã”.]
Inspire-se com o vídeo:
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