‘É seu filho mesmo?’: 15 coisas para não dizer a uma mãe adotiva
O site Bebe.com publicou uma lista criada pela jornalista Júlia Warken para ajudar pessoas que, normalmente, costumam fazer comentários desnecessários, grosseiros e ofensivos para mães e pais adotivos.
Infelizmente nem todo mundo tem bom senso, então aqui vão 15 dicas sobre o que nenhuma mãe adotiva deveria ser obrigada a ouvir.
Vamos lá!
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- É seu filho? Mesmo?
É comum que os pais do coração ouçam isso quando a criança tem uma etnia muito diferente da deles. Para começo de conversa, é preciso estabelecer uma coisa: filho é filho, independente do DNA! Se alguém diz “Olá, esse é meu filho”, simplesmente não fique duvidando disso, OK?
- A gravidez foi uma fase linda na minha vida. Você não sentiu falta disso?
Que bom que foi algo lindo na SUA vida. Talvez aquela mãe realmente gostaria de ter tido essa experiência, mas não conseguiu. Se esse foi o caso, perguntas assim só servem para magoar quem tanto desejou uma gestação. E mesmo se não for, um comentário desse tipo dá a entender que você considera aquela mulher menos mãe pelo fato de não ter engravidado. Apenas pare!
- Você tentou engravidar e não conseguiu? O problema é com você ou com o seu marido?
Você tem intimidade o suficiente com essa mulher para sair perguntando detalhes tão íntimos? O ideal é sempre deixar que o assunto seja proposto por ela e não por você!
- Mas você chegou a recorrer à reprodução assistida?
Nem todo mundo tem dinheiro para bancar procedimentos como esse, sabia? Além disso, há casos de mulheres que simplesmente não querem passar por esse processo. E daí? Adotar é um gesto lindo que envolve amor, generosidade e entrega. Ao invés de sair fazendo mil indagações, apenas respeite a escolha dos outros.
- Mas você ainda pensa em ter filhos biológicos?
Mais uma vez: ao fazer esse tipo de pergunta você parte do pressuposto de que um filho adotado tem menos valor do que um biológico. Isso é absurdo! O mais sensato seria perguntar “Você pensa em ter mais filhos?”. Ponto!
- Ah, mas a sensação não é igual a de ter um filho “de verdade”, né?
Quem tem coragem de dizer algo tão grosseiro assim simplesmente merece o troféu de pessoa mais insensível do mundo. Para começo de conversa: filhos adotados são filhos de verdade! Não é o óvulo, o útero ou o espermatozoide que definem isso, mas sim o amor entre pais e filhos.
- Você conhece a mãe “verdadeira” dele?
A mãe adotiva É a mãe verdadeira da criança. Simples assim!
- E ele já sabe que é adotado? Deve ser muito estranho ter essa conversa!
Por pura curiosidade – já que essa informação não fará a menor diferença na sua vida – você estará tocando num assunto que pode ser sofrido para aquela mãe. Muitas famílias lidam com isso sem qualquer tipo de problema, mas realmente vale a pena arriscar? Certamente não!
- Como é a relação dela [a criança adotada] com seu(s) outro(s) filho(s)?
Com esse é um tipo de pergunta você está automaticamente deixando implícita uma diferenciação entre filhos biológicos e filhos adotivos. A única diferença é o útero, mas o amor é o mesmo! É possível que exista rixa entre os filhos? Sim, como há entre qualquer irmão. Mas você não tem nada a ver com isso! Especialmente pelo fato de que esse pode ser um assunto extremamente delicado para alguns pais. Não faz o menor sentido se intrometer dessa forma na vida familiar dos outros.
- Mas por que você não escolheu uma criança parecida com você?
DNA não define amor e cor de pele também não! E você tem ideia de quantas crianças têm dificuldade em ser adotadas por causa da etnia? Todas as crianças merecem uma família. Simples assim!
- Nossa, mas vocês são bem parecidos. Até parece que é seu filho “de verdade”!
Aquele É o filho de verdade da mãe com quem você está conversando. Pode ter certeza de que um comentário desse tipo NÃO é um elogio.
- Essa é a criança que você e seu marido criam?
Não! Esse é o filho do casal. E essa é uma família como qualquer outra!
- Mas você não sentiu falta de acompanhar os primeiros meses de vida dele?
Muitos casais acabam adotando crianças mais crescidinhas e esse é um ato de amor incondicional. As pessoas precisam reconhecer isso, ao invés de fazer perguntas tão insensíveis – e inúteis – quanto essa!
- Você não tem medo de descobrir que ele tem problemas por causa da herança genética?
Uma pergunta dessas vai mudar alguma coisa na sua vida? Não. E ela pode angustiar MUITO aquela mãe. Outra coisa: filhos biológicos também podem ter problemas genéticos, viu? E não são menos amados por isso!
- Eu, particularmente, não sei se conseguiria amar o filho de outra mulher como se fosse meu.
E nós, particularmente, achamos que comentários absurdamente insensíveis como esse deveriam ser extintos da face da Terra!
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