Coletivo fomenta brincadeiras tradicionais na Praça do Campo Limpo, em São Paulo
Saudosas da infância que tiveram conectada com a cidades e com os quintais de São Paulo, quatro moradoras do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, criaram o coletivo Brincantes Urbanos. Militantes da cultura da infância, elas se viram inquietadas com a ausência do brincar no cotidiano das crianças, em especial moradoras dos bairros afastados do centro.
Formado por duas psicólogas e duas educadoras (conheça a história de cada uma aqui), o coletivo foi contemplado com o edital Redes e Ruas das secretarias municipais de Cultura, Direitos Humanos e Cidadania e Serviços.
Quinzenalmente Bianca Pereira, Cris Lima, Diana de Sousa e Mara Esteves estão na Praça Praça João Tadeu Priolli, mais conhecida como Praça do Campo Limpo para brincar com crianças e adultos. Resolveram começar pelo território onde vivem para transformar a cidade num local mais humano e brincante.
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“Notamos que existe essa sede de ocupar por parta das crianças e também dos pais, mas eles não sabem por onde começar. Por um lado tem a ver com a violência das ruas, que parte é real e parte é do imaginário das pessoas. Outro ponto é que as ruas foram planejadas apenas para o carros. Mas temos as praças e devemos ocupá-las!”, afirma com otimismo a psicóloga Cris Lima.
O próximo encontro acontece no dia 21 de fevereiro, sábado, a partir das 14h. “Não levamos nenhum acessório sofisticado. Bola, corda, bambolê são o suficiente. A ideia é brincar a partir do simples e com o que a própria praça oferece”, explica.
Ouvir as crianças é a principal estratégia do grupo. Para elas, o brincar está intimamente ligado com ao desejo.”O brincar é a linguagem das crianças e deve ser gerido por elas”
Mapear os espaços brincantes da cidade de São Paulo é o próximo passo do projeto. Será uma pesquisa sobre onde estão os espaços abertos em que as crianças e os adultos brincam na cidade.
Aguarde no Catraquinha as datas dos próximos encontros brincantes!