Austrália muda regras para obtenção do visto de estudante
Começaram a valera a partir desta sexta-feira, dia 1º de julho, as novas regras para visto estudantil para a Austrália. Entre as mudanças estão a exigência de conhecimentos em inglês, que antes não era obrigatório, e o aumento da renda disponível para comprovação de que o aluno tem como se bancar no país.
Os estudantes devem ter a capacidade de se manter com recursos próprios ou de parentes durante toda sua estadia no país. Isso significa que, mesmo tendo permissão para trabalhar, o interessando em fazer um intercâmbio na Austrália terá que comprovar sua renda, uma vez que a jornada se limita a 40 horas a cada duas semanas e não tem como objetivo garantir sua sobrevivência, mas sim melhorar sua experiência cultural no país.
Os valores que o estudante precisa comprovar possuir para resgate imediato em conta passará a ser 1.652,50 dólares australianos por mês de estadia ou 19.830,00 dólares australianos por ano.
A Austrália é um dos destinos favoritos dos brasileiros por permitir a realização de intercâmbios com estudo e trabalho. De acordo com Pablo Pereira, gerente de produtos da Global Study, franquia de intercâmbio, mesmo com essas alterações, o país deve permanecer como um destino prioritário, uma vez que seu visto está entre os melhores do mundo, por reunir a possibilidade de estudo de longa duração, trabalho part-time e, caso se enquadre e tenha interesse, a migração para outro tipo de visto temporário ou permanente no país.
Outra mudança é o fim das subclasses de visto, que antes eram oito pelo tipo de curso (ensino médio, ensino superior, cursos de idiomas e cursos vocacionais), e que agora serão unificados em uma única classe, a 500. Para os estudantes que já possuem um visto válido de subclasse 570 a 576 permanecerão com o mesmo normalmente, migrando para a nova classe somente na próxima renovação.
Confira abaixo outras mudanças:
Solicitações online – todos os protocolos de visto passarão a ser online, incluindo para os estudantes de cursos vocacionais e de estudos de idiomas, que antes eram realizados em papel. Mesmo com essa mudança, todos ainda serão avaliados pela Embaixada em Brasília.
Novos critérios de avaliação – passa a haver uma nova estrutura de risco único que se aplica a todos os estudantes internacionais e substitui os atuais níveis usados na avaliação. O risco é definido por uma combinação de fatores, o país de origem do estudante e a escola escolhida na Austrália. Todas as instituições educacionais serão avaliadas e pontuadas pelo governo australiano. Assim, os estudantes que forem aceitos pelas instituições que tiverem as melhores notas terão, a princípio, que demonstrar menos documentos comprobatórios de recursos financeiros e de proficiência em inglês. Nessa modalidade, os estudantes com menor risco passam a ter o processo facilitado necessitando de menos documentos comprovativos.
Proficiência em inglês – sem dúvida, essa é a mudança de maior magnitude: a introdução da exigência de comprovação para nível de inglês. Estão isentos dessa medida os seguintes perfis:
– Estudantes de cursos de idiomas de qualquer duração, fulltime de high school, pesquisa e pós-graduação ou patrocinados pelo governo;
– Estudantes que completaram mais de cinco anos de estudo na Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul ou Irlanda;
– Cidadãos ou portadores de passaportes do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia ou Irlanda;
– Estudantes que já tenham completado um curso de inglês no nível Senior Secondary ou Certificate IV nos últimos dois anos antes de solicitar o visto.
Os demais, dependendo de em qual instituição de ensino australiana foram aceitos, deverão comprovar seu nível de inglês através de um teste oficial aceito pela imigração (IELTS ou TOEFL, por exemplo) realizado nos dois últimos anos.