Tecnologia pode ajudar a saúde pública no Brasil
A saúde pública no Brasil vive uma crise. Hospitais lotados, falta de estrutura, espera de semanas à meses para marcar exames e procedimentos básicos. Recentemente, o Governo Federal adotou uma série de medidas na educação e no SUS para tentar reverter o cenário.
Um ponto deixou de ser explorado pelo poder público, mas pode ajudar a saúde no país. Trata-se da telemedicina, um conjunto de tecnologias e aplicações que possibilitam a medicina à distância.
A telemedicina apresenta uma série de vantagens na sua aplicação e também possui enorme potencial. Mas a sua principal utilização atualmente é a assistência primária para pequenas comunidades em localizações distantes, um dos principais problemas que o Governo Federal vem enfrentando, ao não conseguir contratar médicos para trabalhar em pequenos municípios.
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Essas regiões são consideradas de maior risco devido à falta de profissionais, recursos e infraestrutura. Um dos principais pontos é que a telemedicina, combinada com práticas locais, pode ajudar essas comunidades que vivem distantes dos principais centros urbanos.
Vale lembrar que a telemedicina não é apresenta uma nova modalidade na medicina, mas um método de atendimento para casos específicos.
Experiências
No Brasil, já existem projetos de telemedicina. Pesquisadores da USP, após criarem um aparelho auditivo de baixo custo, perceberam que ele poderia ser regulado e monitorado por internet. Leia matéria completa.
Também existe um programa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) que ajuda pacientes diabéticos com controle da doença e acompanhamento médico a distância. Matéria aqui.
Outros projetos de telemedicina no país, são o Pólo de telemedicina da Amazônia, da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, o Laboratório de Telemedicina da UFSC, e o Núcleo de Telessaúde de Minas Gerais. Para mais informações sobre telemedicina no Brasil, acesse o Portal da Rede Universitária de Telemedicina.
Proibição
Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina proibiu as consultas médicas por telefone e internet para evitar que médicos ofereçam serviços exclusivamente à distância. Segundo a CFM, a consulta física não pode ser substituída.
Índia
Por ter uma enorme população, boa parte vivendo em aldeias (mais de 70%) e uma precária estrutura de saúde pública, o país teve que adotar uma série de medidas para utilizar a telemedicina como saída para esse problema. Ciente do problema, o governo indiano começou, em 2005, um programa de saúde pública que inclui a telemedicina como resolução para resolver o problema da saúde em ambientes rurais.
O programa incluí troca de informação entre médicos, opinião de mais de um médico e especialistas, operações especiais para desastres, controle de doenças específicas e epidemias, educação médica contínua e até “visitas” virtuais. Veja um exemplo de programa de telemedicina da Índia.