19 livros brasileiros que você precisa ler, segundo a redação do Catraca Livre
Em 29 de outubro comemora-se o Dia Nacional do Livro. Exatamente nessa data, em 1810, foi fundada a Biblioteca Nacional do Livro, abrindo mais espaço para a divulgação da nossa literatura. Para celebrar, a redação do Catraca Livre indicou livros de autores brasileiros para você colocar na sua lista de próximas leituras. Confere aí:
1. “O Massacre da Candelária” (1994), de Geraldo Lopes
Dica da Tárcia Oreste – Agenda Brasil
- SP terá ‘praia’ a 15 minutos da Faria Lima; saiba mais
- Saiba agora por que você precisa conhecer a Chapada Diamantina
- Black Friday do cabelo: secador, escova secadora, chapinha, modelador de cachos com até 68% OFF
- Black Friday da hidratação: Eucerin, CeraVe, Isdin, L’Occitane Brasil e outras marcas têm até 52% OFF
“O autor, que também é jornalista, conta a história de alguns personagens envolvidos no massacre, antes mesmo do evento acontecer. Ele trata com muito realismo uma série de problemas que nós temos em nossa sociedade, mas que muitas vezes ignoramos, fingimos não ver. É um romance-reportagem que todo o brasileiro deveria ler.”
2. “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” (2005), de Marçal Aquino
Dica da Tamiris Gomes – Assuntos Gerais
“Um dos melhores romances que li nos últimos anos. É intenso. ‘O segredo, dizia Chang, o china da loja, não é descobrir o que as pessoas escondem, e sim entender o que elas mostram’, diz um dos trechos que guardo comigo até hoje. Leia e se apaixone.”
3. “A Mão e a Luva” (1874), de Machado de Assis
Dica do Maurício Costa – Agenda São Paulo
“Não tem como não se apaixonar pela obra de Machado. Mas, apesar de ‘Dom Casmurro’ ser sua obra-referência, ‘A Mão e a Luva’ me conquistou. Perdi as contas de quantas vezes que li. ‘Um conselho último, — último se me não consentir mais falar-lhe nisto; — eu creio que a senhora sonha talvez demais. Sonhará uns amores de romance, quase impossíveis? digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir’.”
4. “Cidade de Deus” (1997), de Paulo Lins
Dica do André Nicolau – Assuntos Gerais
“Romance que inspirou a renomada produção de Fernando Meirelles, mas que vai muito além daquilo que vimos no cinema. Dividida em três partes, a obra revisita o cenário social da periferia carioca dos anos 60 à década de 80, relatando os diferentes períodos vividos no conjunto habitacional – do dia a dia de seus moradores à ascensão da criminalidade que transformou o lugar vivido pelo autor.”
5. “Rota 66: A História da Polícia que Mata” (2003), de Caco Barcellos
Dica do Lucas Galdino – Agenda Brasil
“Foi o primeiro livro jornalístico que li e ele é fod@! Barcellos investigou durante alguns anos o primeiro esquadrão da PM de SP, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Ele mostra no livro como é que funciona o esquema de extermínio da PM, sua atuação e como o sistema adora esse tipo de ação (principalmente quando é voltada para pobre, preto e de periferia).”
6. “Mar Morto” (1936), de Jorge Amado
Dica da Talitha Adde – Assuntos Gerais
“Um romance sensível e envolvente que conta a história de pescadores na Bahia. Nas várias páginas do livro o autor descreve o caótico cais de Salvador com uma visão única. Além disso, as várias lendas e contos mitológicos baianos são fortemente reforçados no relato – como a Iemanjá, rainha do mar.”
7. “Feliz Ano Velho” (1982), de Marcelo Rubens Paiva
Dica da Gabriela Carvalho – E-commerce
“Um livro marcante, que enchem os meus olhos de lágrimas só de lembrar. Na minha adolescência tive a sorte de ler esse livro que retrata as sofridas experiências do autor que ficou tetraplégico aos 20 anos, a poucos dias do Natal, e com o desaparecimento político do seu pai, o deputado socialista Rubens Beyrodt Paiva. O livro despertou o interesse pela política e trouxe reflexões sobre a vida, valores e relações. Recomendo!.”
8. “Dois Irmãos” (2000), de Milton Hatoum
Dica da Rafaela Piccin – Agenda Brasil
“Os conflitos dos dois gêmeos que não têm nada em comum – exceto a fisionomia – transportam o leitor para dentro da família e todas suas complexidades. Surpreende a cada capítulo e faz refletir sobre relacionamentos, diferenças e identidades, ao mesmo tempo que constrói metáforas com o cenário de Manaus.”
9. “Barba Ensopada de Sangue” (2012), de Daniel Galera
Dica da Camila Passetti – Agenda Brasil
“Com uma narrativa forte, intensa, aborda questões como a construção e a descoberta da própria identidade por meio de relações amorosas e familiares. A história é brutal e ao mesmo tempo revela sutilezas que me envolveram da primeira à última página.”
10. “Cidade do Paraíso – Há Vida na Maior Favela de São Paulo” (2013), de Vagner de Alencar
Dica do Anderson Meneses – Mídias Sociais
“O livro mostra a verdadeira Paraisópolis com história de pessoas que vivem ali em seus becos e vielas. São relatos de vidas que encantam pela sua delicadeza e simplicidade, mas que também revelam a garra da periferia de SP.”
11. “Holocausto Brasileiro” (2013), de Daniela Arbex
Dica da Fernanda Miranda – Assuntos Gerais
“A jornalista resgata as brutalidades que ocorreram em um dos maiores hospícios do Brasil, conhecido por Colônia, situado em Barbacena (MG). Muitas pessoas eram internadas à força, como homossexuais, prostitutas e meninas grávidas que foram violentadas por seus patrões. O livro faz uma reflexão sobre o passado do Brasil, mas também sobre o nosso presente, porque, como diz Arbex, ‘o holocausto ainda não acabou’.”
12. “Luzes de Emergência se Acenderão Automaticamente” (2014), Luisa Geisler
Dica do Amauri Terto – Cultura em Casa
“Tenho um pouco de inveja da autora. Ela tem só 23 anos e esse é o terceiro livro dela. Aqui, a forma da narrativa é o que mais chama a atenção: a história é quase toda contada por meio de cartas que o personagem Ike escreve para Gabriel, um amigo que sofreu um acidente e está em coma. É um livro pra rir, chorar e se identificar muito com os dilemas do início da vida adulta.”
13. “A Ilha do Conhecimento” (2014), de Marcelo Gleiser
Dica do Gabriel Nogueira – Mídias Sociais
“O livro é cabeçudasso (escrito por um físico né ¯_(ツ)_/¯ ), mas é bem legal, faz você pensar – até demais – sobre tudo aí desse mundão. Você vai se sentir tão importante pro universo quanto um grão de areia pra uma praia, mas ao mesmo tempo vai achar tudo isso aí que está a nossa volta uma viagem incrível. Ah, as suas viagens também vão ficar bem mais profundas depois dele hahahaha (deixo pra você decidir se isso é bom ou ruim).”
14. “O Melhor da Poesia Brasileira” (2003), com João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade
Dica do Allan Hipólito – Casa de Conteúdo
“Comprei esse livro fininho por curiosidade em um sebo porque não manjava nada de poesia brasileira. Acabei apaixonado pelas elegias do Vinícius de Moraes e pelos poemas do Drummond, sendo que deste eu até rasguei a página do livro que tinha a poesia ‘Os ombros suportam o mundo’. Levava ela na carteira e acabei tatuando um trecho no braço.”
15. “Dias Perfeitos” (2014), de Raphael Montes
Dica da Lia Roitburd – Gestão
“Um suspense que prende e angustia pela semelhança com a realidade. Traz a fixação do protagonista por uma colega. Me deixou sem ar até a última página.”
16. “Sozinha no Mundo” (1984), de Marcos Rey
Dica da Aline Cristina – Projetos
“Conta a história de uma garota de 13 anos que tem somente a mãe como companheira de vida. Com a morte da mãe, se vê perdida ao chegar a São Paulo à procura de um parente distante. O livro tem um ritmo de leitura bem intenso e que te leva completamente pra dentro da história. Aborda tanto os aspectos bons quanto ruins da humanidade com uma linguagem bem acessível. Me lembra os tempos que eu passava a tarde na Biblioteca Municipal de Osasco.”
17. “A Educação pela Pedra” (1966), de João Cabral de Melo Neto
Dica da Heloisa Aun – Assuntos Gerais
“O livro é considerado um marco na poesia brasileira e na obra do poeta. Além disso, o poema que recebe o mesmo nome do livro foi vencedor de diversos prêmios, como o Prêmio Jabuti. A obra usa elementos simbólicos, como a pedra, para guiar ensinamentos sobre a vida, o tempo e o próprio fazer poético.”
18. “O Que É Isso, Companheiro?” (1979), de Fernando Gabeira
Dica do Caio Rosenberg – Comercial
“Um dos livros que marcou a transição da minha adolescência para a fase adulta. O relato pessoal sobre política, sociedade, luta armada e justiça é um prato cheio para um jovem idealista de 17 anos.”
19. “Batismo de Sangue” (1982), de Frei Betto
Dica da Silvia Melo – Casa de Conteúdo
“A leitura marcou a época da minha faculdade e me prendeu por mostrar a coragem de alguns guerrilheiros, operários e religiosos ao enfrentarem o regime militar.”
Gostou das dicas? Comente qual livro você recomenda! ;)