Extremo leste de SP foi a região menos beneficiada por ciclovias
Pesquisa realizada pelo projeto Fiquem Sabendo expõe números referentes à construção de ciclovias na capital paulista; confira os números
Com apenas 17, 8 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas, o extremo leste da zona leste de São Paulo é a região que menos recebeu obras desde o início da gestão Fernando Haddad – que tem no incentivo ao uso da bicicleta um de seus principais legados para a cidade. Os números foram obtidos pelo site de jornalismo de dados Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação.
Segundo o levantamento, realizado entre janeiro de 2013 a junho deste ano, a prefeitura inaugurou 319,6 km de novos trechos, sobretudo, nos bairros da região central e proximidades.
Só na região da Subprefeitura da Sé, marco zero da cidade, que abrange, entre outras áreas, a avenida Paulista, a prefeitura construiu 45,4 km de ciclovias. Isso representa 14% de toda a malha cicloviária inaugurada desde 2013. A meta, após mudança do projeto SP400km, é chegar a 413,3 quilômetros até o final de 2016.
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Já a zona leste, região mais populosa da maior cidade da América Latina, reúne três bairros entre os dez mais habitados da capital paulista, segundo números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): juntos, os bairros de Sapopemba (2º lugar, com 296.042 habitantes), Itaim Paulista (8º, 241.026) e Itaquera (10º, com 220.292) somam, aproximadamente, 757 mil pessoas.
Com cerca de 3,7 milhões de habitantes, as debilidades do sistema de transporte se tornam evidentes na rotina diária do metrô que circula pela região:
– Dados do Sindicato dos Metroviários mostram que das 4h40 às 9h, quando a maioria dos moradores se desloca rumo ao emprego ou à escola, 56.136 pessoas passam pelas catracas da Estação Corinthians/Itaquera, a primeira da Zona Leste.
– Em comparação à estação Jabaquara, na zona sul, segunda maior população municipal, aproximadamente 47.959 cruzam as catracas no referido horário.
– Além disso, a Linha 3-Vermelha, que interliga as regiões leste e oeste, é a mais movimentada da cidade, com média de 1,2 milhão de entradas diárias.
Ciclovia em cifras
Ainda segundo apuração do site, de 2013 a maio de 2016, foram investidos aproximados R$ 85.983.000,32 dos cofres públicos/equivalente a R$ 269 mil – custo médio por quilômetro. Investimento suficiente para construir 28 creches do modelo adotado pela atual gestão.