Modelo e ativista luta pela visibilidade de pessoas com albinismo

"Somos vistos como algo extraterrestre, não uma 'beleza de verdade', seja lá o que isso signifique", diz a modelo Diandra Forrest

Diandra Forrest, de 28 anos, é, modelo, ativista e estrela de diversas campanhas publicitárias. Ela já participou de videoclipes da cantora Beyoncé, como “Pretty Hurt” e “XO”, conheceu o mundo e marcou presença em alguns dos eventos mais badalados de seu país.

Tanto sucesso e visibilidade é encarado pela modelo norte-americana com luta e responsabilidade para que possa levantar uma bandeira que diz respeito a ela e a milhares de outras pessoas no mundo: o albinismo. Filha de um casal afro-americano, ela e seu irmão nasceram com a condição genética.

Hoje, a modelo tem mais de 100 mil seguidores no Instagram e um currículo que inclui capas de revista e desfile de famosas marcas nas passarelas mundo afora. Mas nem sempre foi assim.

Diandra e colega de trabalho durante viagem

“Eu não era bem-vinda por causa do modo como eu era. Na escola, ou andando com a minha mãe, sempre havia algum adulto que olhava para mim e para meu irmão e começava a rir. Não conseguia compreender o motivo”, diz a modelo em entrevista para as Nações Unidas (confira abaixo, com áudio em inglês). “Muitos amigos dos meus irmãos perguntavam se eu era adotada”.

Forrest se tornou a primeira pessoa com albinismo a ser contratada por uma grande agência de modelos nos Estados Unidos e virou uma porta-voz da causa.

“Mesmo na indústria da moda, somos vistos como algo extraterrestre, não uma ‘beleza de verdade’, seja lá o que isso signifique,” Diandra explica.

Cerca de uma em cada 17 mil pessoas no mundo nasce com albinismo. Ele é caracterizado pela ausência total ou parcial de pigmentação na pele, cabelos e olhos, e também pode estar associado a problemas de visão.