OLX resiste em tomar medidas contra a venda de animais maltratados em seu site

Plataformas de compra, venda e troca de produtos, como a OLX, recebem diariamente centenas de milhares de novos anúncios de pessoas em todo o país. A maneira de garantir que não sejam ilegais, violentos ou discriminatórios é construir uma política de uso que considere essas possibilidades. A OLX Brasil tem uma bem específica, mas falha em um sentido: não há um botão de denúncias específico para casos de maus tratos animais ou venda de animais silvestres.

Quem descobriu a falha foi a estudante de biologia Fernanda Zelmikaitis, de 19 anos. “Fiquei chocada ao saber que a OLX permite a venda de todo tipo de animais, como filhotes de cães e gatos, animais da fauna brasileira (inclusive araras) e até ‘serviços’ suspeitos para obter licenças provavelmente fraudadas para criar animais silvestres.” Desde janeiro, quando criou um abaixo-assinado na Change.org, ela já reuniu mais de 70 mil assinaturas. Milhares de apoiadores deixaram mensagens na página da petição, a maioria com mensagens do tipo “Animais não são mercadoria”.

A OLX respondeu ao apelo de Fernanda. Em uma mensagem padrão, disse em junho que a política de uso permite que este tipo de anúncio seja denunciado. No entanto, como não há nenhuma restrição, na prática, as vendas continuam sendo feitas. Os assinantes não se deram por satisfeitos e bombardearam na semana passada o perfil da OLX no Facebook, com mais de 450 comentários pedindo o botão de denúncia de violência contra animais. A OLX respondeu mais uma vez, insistindo no mesmo discurso institucional que não convence os defensores de animais.

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Em abril, após um abaixo-assinado na Change.org, o próprio Facebook incluiu em sua política de uso a violência contra animais como um dos motivos para denunciar conteúdos. Ao desenvolver o botão “Violência contra animais” ou “Venda ilegal de animais”, a OLX Brasil teria a oportunidade de impactar mais de 70 mil pessoas de maneira positiva. O que ainda não aconteceu.

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