Fotógrafo de casamento faz ensaio impressionante na Islândia
Por Eduardo Vessoni, do site Viagem em Pauta
eu trabalho é como uma extensão da geografia inóspita da Islândia, onde registra o pré casamento de casais prestes a trocar alianças.
O vestido branco da noiva se confunde com a neve fofa, o figurino acinzentado do noivo se mescla com a fuselagem do avião abandonado no deserto e a moça do vestido vermelho se funde aos anúncios vintage de refrigerante, ao fundo.
O fotógrafo desenha suas fotos com luz. E a Islândia trata de fazer o resto.
Omer, que é de Taiwan, realiza ensaios pré casamento, em cenários não só como a Islândia mas também no Japão e Havaí. Cada trabalho seu não é apenas um registro automático de poses nupciais manjadas; “é uma jornada”, como ele mesmo define seus ensaios.
Esse fotógrafo não se contenta com casamentos fáceis que acontecem perto de casa ou na própria cidade, e costuma ir longe para registrar uniões entre casais, como destinos estadunidenses como Los Angeles e o Arizona, onde realizou trabalhos no cenográfico Antelope Canyon, cânion conhecido por seus corredores de paredes que parecem talhadas à mão, antiga passagem do povo Navajo e de grupos de antílopes.
“Dizem que eu não consigo terminar essa história”, afirma Omer ao falar de uma de suas últimas expedições fotográficas, no interior da Islândia.
E nem poderia ser diferente com um cenário daqueles bem aos pés (e diante das lentes).
Pela terceira vez nesse país nórdico, isolado no Atlântico Norte, o fotógrafo lembra as dificuldades de fotografar em um território como aquele, onde o clima muda bruscamente, em questões de minutos, como a luz natural que desaparece, rapidamente; ventos que insistem em (des)arrumar a cena; ou até tempestades de granizo que danificam o carro da equipe.
Mas para o fotógrafo não importam apenas os registros de cartões-postais. Na Islândia, por exemplo, uma igrejinha simples na beira da estrada é inspiração suficiente para mais uma sessão de fotos, onde o véu da noiva dança no ar como aqueles ventos frios e fortes que sempre chegam à Islândia.
Vai dizer que com um álbum desses não dá até vontade de casar?