Ladakh, a Índia escondida atrás dos Himalaias
Por Mariana Marcondes
Quando você pensa na Índia, logo lhe vem a cabeça curry, riquixás, hinduísmo e muita sujeira. Deixe essas imagens de lado por um momento e descubra um lado do país pouco conhecido pelos brasileiros.
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Ladakh, também conhecida como “Pequeno Tibete”, é famosa por suas paisagens montanhosas, uma parada obrigatória para quem quer conhecer a fundo a cultura tibetana e fazer trekking pelos Himalaias. É uma ótima aposta para aqueles que querem relaxar depois de vivenciar uma Índia caótica.
A região no norte do país pode ser alcançada por voos para a capital Leh. Outra opção é pegar um ônibus de Manali até Leh, a viagem de 434 km leva dezenove horas para ser percorrida. É indicado que você passe pelo menos três dias na cidade para o seu corpo se adequar as altas altitudes que você vai encarar durante os trekkins pelo local, podendo alcançar picos de 8.000 metros.
Leh tem seus encantos, possuí muitos antiquários com objetos que pertenciam ao antigo reino de Ladakh, monastérios e antigos palácios. Se for durante o verão não esqueça de checar as datas que o Dalai Lama estará na cidade para passar seus ensinamentos. Normalmente, as aulas com o líder espiritual não ultrapassam três dias e não precisam de reservas, já que as lições não são dadas em salas de aula e sim no meio da cadeia de montanhas dos Himalaias para milhares de pessoas. Com certeza uma experiência única.
Na capital é também onde você encontrará as agências de viagens para marcar seus passeios de acordo com o seu condicionamento físico. Com duração média de seis dias, o Markha Valley Trek é uma opção para os iniciantes já que o ponto mais alto não ultrapassa 5300 metros de altitude e oferece uma grande diversidade de paisagens de tirar o fôlego, como o oásis verde do Vale do Markha.
As paisagens não são as únicas coisas que vão te encantar durante o passeio. Ao longo dos seis dias de trekking você vai acabar passando por casas de nômades das montanhas para almoçar e dormir, se preferir existe a possibilidade de acampar, mas só é realmente necessário em algumas partes do trajeto. É preferível passar as noites nas casas de famílias, para entender a fundo a cultura tibetana, comendo comidas típicas e conhecendo outros aventureiros que cruzam o seu caminho.
Minha última dica vai para as mulheres. Não se assustem, a Índia não é perigosa, pelo contrário, me sentia mais segura lá do que em São Paulo. Fiz essa viagem sozinha quando tinha dezoito anos, trabalhando e viajando durantes dois meses por esse país que tanto me encantou.