Roubar ovos de Páscoa rende mais tempo na prisão do que Lava Jato

Roubar ovos de Páscoa é mais grave do que lavagem de dinheiro

A realidade é essa pelo menos para uma mulher que roubou ovos de Páscoa em um supermercado em 2015. A mulher, que estava grávida quando presa, foi condenada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP) a cumprir  três anos e dois meses de prisão em regime fechado. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha.

A sentença é maior do que a de diversos envolvidos na Operação Lava Jato. O executivo João Procópio Junqueira, por exemplo, recebeu sentença de 2 anos e 6 meses de reclusão por lavagem de dinheiro.

A Defensoria Pública de SP pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a anulação da sentença da mulher. A ação da Defensoria faz parte de um mutirão criado pela entidade para atender as cerca de 1.800 presas no Estado que poderiam se beneficiar do indulto concedido a mulheres que praticaram crimes não violentos.

Na última quinta-feira, 18, uma força tarefa da Defensoria atendeu 60 mulheres na penitenciária de Pirajuí, no interior de SP. Quinze delas estavam presas há mais de dois anos sem condenação em primeiro grau.

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