Casal vai percorrer 40 mil km em bicicleta para estudar rios
O objetivo da viagem é montar um banco de dados gratuito sobre a qualidade dos rios no país
Um casal de cicloativistas vai percorrer todos os biomas e capitais pelo país pedalando uma “superbicicleta” capaz de gerar energia para recarregar seus aparelhos tecnológicos. O “Projeto Brasil em Ciclos” consiste na maior cicloexpedição nacional já realizada e tem como objetivo montar um banco de dados online e gratuito sobre a qualidade das águas dos rios brasileiros.
André Pasqualini, 41, e Tereza Sumie, 30, vão começar a viagem em setembro de 2016 e a previsão é que, em quatro anos, eles percorram aproximadamente 40 mil quilômetros, que é a circunferência da terra na linha do Equador. Para viabilizar a montagem da “Bicicleta Energética”, a dupla lançou uma campanha de financiamento coletivo.
Em entrevista ao Catraca Livre, André conta que a bicicleta deve funcionar como um laboratório móvel. “A bike terá um computador de bordo conectado à internet por 3G/4G e satélite. No guidão, a tela vai mostrar o caminho e registrar os resultados das pesquisas em tempo real”, afirma.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
A ideia da expedição surgiu em 2010, quando o cicloativista fez uma viagem sozinho pelo interior do Brasil, batizada de Projeto Biomas, na qual ele pedalou mais de sete mil quilômetros. Agora, o casal vai percorrer todo o país. Será a primeira vez que Tereza fará parte de uma aventura deste tipo.
Bicicleta Energética
Com um kit portátil de análise, doado pela ONG SOS Mata Atlântica, a dupla vai coletar amostras de cada rio e colocar o resultado em um mapa interativo.
Para a longa jornada, a “superbicicleta” será capaz de gerar energia de diferentes formas, como solar, eólica e do dínamo da bike. No mapa, os internautas também poderão conferir a quantidade de energia que foi gerada por cada uma das fontes.
A energia sustentará o computador de bordo, o GPS e os sensores que monitoram batimentos cardíacos e pressão arterial dos ciclistas. Após o estudo, um aplicativo enviará os dados sobre as águas dos rios para o mapa disponibilizado no site.