Gisele Bündchen: ‘Diga NÃO ao fim da rotulagem de transgênicos’
A modelo apoiou uma petição pública contra o fim da rotulagem de transgênicos no Brasil
A modelo Gisele Bündchen compartilhou no Twitter uma campanha contra o fim da rotulagem de transgênicos no Brasil. “Diga NÃO ao fim da rotulagem de transgênicos”, escreveu.
Criada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a petição pública (para assinar o documento, clique aqui) alerta que a informação clara ao consumidor sobre esse tipo de alimento está ameaçada por um projeto de lei, conhecido como “PL Heinze“.
A proposta altera a Lei de Biossegurança, isentando os fabricantes de informar a presença de componentes transgênicos no produto – quando ela for inferior a 1% da composição total do item.
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O PL propõe, ainda, que a presença de 1% de transgênicos só exija rotulagem se for detectada por meio de análise em laboratório. No entanto, DNAs transgênicos não são detectáveis em alimentos processados e ultraprocessados.
“Ou seja, a rotulagem passa a depender de um teste que, sabidamente, não identifica o que deveria identificar em muitos dos produtos que levam transgênicos”, explica o Idec.
De acordo com a Lei de Biossegurança, é obrigatória a rotulagem de itens que tenham em sua composição organismos transgênicos (ou Organismos Geneticamente Modificados – OGMs), com a utilização do símbolo T e alguns detalhes técnicos. Essa obrigatoriedade independe da quantidade de transgênicos.
Caso seja aprovada, a proposta permitirá que produtos que não tenham a presença de transgênicos detectados dessa forma possam ter em seu rótulo a frase “livre de transgênicos”, mesmo que em quantidade abaixo de 1% em sua composição. A nova lei também quer retirar o símbolo “T” de todos rótulos.
O projeto de lei está sendo discutido na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal.
Veja o post da modelo:
Diga NÃO ao fim da rotulagem de transgênicos. https://t.co/HrspDsYle0 pic.twitter.com/VwRjkqdOBm
— Gisele Bündchen (@giseleofficial) May 27, 2017
Transgênicos no Brasil
O Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do planeta, de acordo com relatório da ISAAA. A introdução de transgênicos na natureza ameaça seriamente a biodiversidade, já que este modelo privilegia a monocultura, trazendo impactos como a pouca variedade de fauna e flora e a consequente degradação do solo.
Além disso, as alterações no patrimônio genético das plantas e sementes estão diretamente ligadas ao aumento do uso de agrotóxicos: muitas sementes são modificadas para que sejam resistentes a estes produtos químicos, que passam a ser usados indiscriminadamente nas plantações.
Por tais motivos, a agricultura e os agricultores tornam-se reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia. Além disso, a saúde de agricultores e consumidores é colocada em risco.
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