Justiça aceita denúncia e 22 viram réus por desastre em Mariana
Quatro empresas e 22 pessoas se tornaram rés pelo crime ambiental
A Justiça Federal em Ponte Nove aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 22 pessoas e as empresas Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no dia 5 de novembro de 2015. Todos os envolvidos se tornaram réus por crime ambiental e homicídio.
O desastre trouxe como consequência a morte de 19 pessoas e a destruição de distritos próximos, como Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira. A lama de rejeitos devastou a vegetação nativa e poluiu a Bacia do Rio Doce, causando impactos que persistem até hoje, mesmo depois de um ano.
De acordo com informações do G1, entre os réus, 21 são acusados de homicídio qualificado com dolo eventual. A Procuradoria também denunciou o engenheiro Samuel Paes Loures e a consultoria em que trabalha, a VogBR, pelo crime de apresentação de laudo ambiental falso. Os demais, além de homicídio, vão responder por crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e ambientais.
- Ande esta quantidade de passos por dia e diminua o risco de morte precoce
- Exposição ‘Presépios de Hilda Breda’ está disponível até 11/01 em São Bernardo
- 5 praias baratas no Sudeste para curtir com pouco dinheiro
- Como não cair no golpe do falso Uber no aeroporto de Guarulhos
No total, a Samarco, Vale e BHP Billiton são acusadas de nove crimes ambientais. O ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o ex-número dois da empresa, Kleber Terra, estão na lista de acusados de homicídio após a tragédia.
Segundo o MPF, os acusados podem ir a júri popular e, caso sejam condenados, terão penas de prisão de até 54 anos, além de pagamento de multa, de reparação dos danos ao meio ambiente e daqueles causados às vítimas.