Fazer arte é empreendedorismo? Mercado exige profissionalização e gestão 360°

No avanço da economia criativa, o curso Gestão Cultural 360, da LETE Educação, prepara artistas e gestores para um mercado que exige mais que boas ideias.

26/09/2025 16:00

O mundo contemporâneo não poderia estar mais longe do estereótipo de que fazer arte é sinônimo de desemprego ou de um péssimo retorno financeiro. Ou ainda, da ideia da arte pela arte. Hoje, a cultura se consolida como um mercado, sustentada por uma economia criativa que tem grande demanda do público e exige um fazer artístico cada vez mais empreendedor e estruturado.

“Se olharmos para o mercado de produção cultural dos últimos 30 anos, tivemos uma grande profissionalização do setor. Percebeu-se que arte é uma construção que envolve muito conhecimento, estudo e transformação. Museus, instituições de cultura, arte e educação têm um papel fundamental no Brasil e uma representação muito importante para o mercado”, afirma Cristiane Olivieri, advogada especializada em Gestão de Processos Comunicacionais e Culturais.

Segundo o Observatório Itaú Cultural, em 2020, a Economia da Cultura e das Indústrias Criativas representou 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, superando a indústria automobilística (2,1% no mesmo ano).

“É um setor em expansão. Houve um crescimento muito grande no período pré-pandemia, seguido de estagnação, mas agora ele volta a crescer — e se reafirma como fonte de renda e opção profissional, completa Olivieri.

Mais do que boas ideias, o mercado artístico exige novas habilidades e conhecimentos para lidar com todas as etapas da gestão cultural, de início ao fim: planejamento, execução, aspectos burocráticos, técnicos e mais. A arte se torna negócio, e o artista, um profissional que precisa ter visão abrangente sobre o projeto e sobre o que é necessário para viabilizá-lo.

“Hoje não existe mais espaço para amadorismo. O produtor cultural, o profissional independente e o artista são empreendedores o tempo todo, está no DNA. Eles criam projetos, fazem o planejamento, se inscrevem em editais, buscam financiamentos, administram a verba, prestam contas, cuidam do público…”, avalia a advogada.

Foi diante dessa necessidade de capacitação que, há mais de 30 anos, Cristiane Olivieri e Edson Natale criaram o ‘Guia Brasileiro de Produção Cultural‘, reunindo informações práticas e acessíveis para gestores culturais. Reeditado nove vezes, o material se consolidou como um manual de sobrevivência na área — e agora ganha forma de curso on-line, atualizado às novas tendências.

O curso ‘Gestão Cultural 360‘, recém-lançado pela LETE Educação, é inspirado no Guia e oferece, na palma da mão e com certificado, um panorama das principais etapas de um projeto cultural, tratando inclusive de marketing. Ele reúne todos os conhecimentos exigidos pelo mercado, estimulando a visão profissional 360º, com visão integral de planejamento.

Com linguagem didática, direta e objetiva, o curso atende artistas, produtores, gestores e até curiosos que buscam inspiração ou desejam entrar no mercado. É indicado tanto para iniciantes quanto para veteranos.

Todas as aulas têm aplicabilidade imediata, partindo de situações concretas e dos desafios atuais para ensinar como planejar, executar e comunicar projetos culturais de forma estratégica.

LETE Educação

Clique aqui e saiba mais!
O programa é dividido em sete módulos: Contratos; Financiamento à Cultura; Questões Financeiras e Prestação de Contas; Infraestrutura e Segurança; Marketing; Direito Autoral; e Planejamento. “A ideia é que o aluno tenha uma visão geral e saiba um pouco de tudo. Tentamos tirar as lombadas e buracos do caminho da gestão cultural, explica Olivieri.

O ‘Gestão Cultural 360‘ aposta em uma profissionalização democrática, vendo a educação como processo de transformação para os agentes culturais do presente. Por isso, o curso oferece total flexibilidade, e o aluno aprende quando e onde quiser, com materiais gravados e produzidos por especialistas que trazem um olhar atualizado e focado em resultados práticos.

O time de professores inclui Cristiane Olivieri, Edson Natale, Maurício Magalhães, Ana Queiroz, William Galdino e Natália Rollemberg — nomes de peso na área cultural.

LETE Educação

Seguindo as exigências empreendedoras do fazer artístico, o ‘Gestão Cultural 360’ mostra que talento não basta, e o conhecimento prático é essencial:

“O que move a produção cultural é o desejo de fazer acontecer, de ver a obra pronta, o espetáculo rolando. Mas às vezes os sonhos são tão grandes que detalhes relevantes acabam sendo deixados de lado. A gente espera ajudar para que cada pessoa consiga realizar seus projetos de forma mais fácil e efetiva”, finaliza Cristiane.

Olhando para o futuro, em uma era de transformações tecnológicas, a tendência é que as pessoas valorizem ainda mais experiências e eventos presenciais — e são justamente os gestores culturais que garantem esse contato humano.