O MASP abre suas galerias para uma exposição que cutuca, provoca e faz pensar: Minerva Cuevas: ecologia social.

A artista mexicana, conhecida por transformar símbolos do consumo em combustível para debate, aterrissa em São Paulo com 42 obras que misturam instalação, pintura, vídeo e muralismo. É a maior mostra dela no Brasil e chega justamente para encerrar o ciclo Histórias da ecologia do museu.

As obras de Cuevas são como pequenas bombas críticas. Entre elas está Understorm (2022), onde telas antigas são mergulhadas em piche, criando um rastro visual que lembra derramamentos de petróleo e coloca em xeque os impactos da indústria petroquímica.

Em outras peças, a artista brinca com a linguagem das marcas e da publicidade para desmontar lógicas de consumo, valor e propriedade. Tem chocolate usado para falar sobre colonialismo, garrafas d’água que viram comentários sobre desigualdade e embalagens subvertidas que desafiam o olhar de quem passa.

A mostra também faz conexões com mitologias mesoamericanas, disputas territoriais, economia global e sistemas de poder, reforçando a ideia de que crise ecológica e crise social caminham juntas. Tudo isso dentro de uma exposição que não só reflete o mundo, mas cutuca a gente a repensar o papel de cada um nele.

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