Imagine entrar numa sala onde memórias quilombolas se misturam com projeções digitais, sons experimentais e materiais como fibras e tintas botânicas. Essa é a proposta da exposição “Assento o futuro em preta luminância”, que teve a visitação prorrogada até o dia 4 de outubro na Casa Mário de Andrade. E o melhor: a entrada é gratuita.

A mostra é fruto do Lab Quilombola, projeto que colocou artistas contemporâneos em contato direto com comunidades tradicionais do interior paulista. Em 2024, eles viveram residências nos quilombos da Fazenda e Caçandoca (Ubatuba) e do Cafundó e Caxambu (Salto de Pirapora). Dessa troca intensa nasceram obras que combinam ancestralidade e tecnologia — o que os idealizadores chamam de “ancestro-futurismo”.

Não é só sobre olhar para o passado ou sonhar com o futuro, mas sobre criar um presente vivo: instalações imersivas, projeções digitais, sons e até uma série documental em três episódios mostram como tradição e inovação caminham lado a lado.