No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Praça da Sé vira ponto de encontro entre arte, saúde e mobilização social com o Festival Contato e a intervenção “Mais Arte, Menos Aids 2025”.

O centro da cidade recebe desfile, exposições, testagem e rodas de conversa abertas, criando um grande espaço de troca sobre prevenção, direitos e cuidado comunitário. A proposta é ocupar o coração de São Paulo com informação acessível e ações que aproximam o debate da vida real.

Um dos momentos mais marcantes é o desfile protagonizado por mulheres cis e trans vivendo com HIV, usando peças feitas com preservativos reaproveitados pela artista Adriana Bertini. A intervenção coloca esses corpos no centro da conversa, reforçando que saúde, beleza e dignidade caminham juntas — e que enfrentar o estigma é tarefa coletiva.

Exposições, performances e depoimentos também ajudam a iluminar temas como prevenção combinada, indetectável = intransmissível e o papel da arte no combate ao preconceito.

O festival ainda monta um auditório ao ar livre, onde qualquer pessoa pode ouvir, perguntar e participar de conversas sobre cuidado, ciência e direitos. Profissionais da saúde, ativistas e pesquisadoras compartilham experiências e caminhos possíveis para uma cidade mais informada e acolhedora.

No fim, a intervenção reafirma que informação salva vidas, e que ocupar a rua com arte é também uma forma de proteger, educar e celebrar quem vive com HIV.