A Cinemateca Brasileira abre as portas, de 4 a 14 de dezembro, para a Mostra Cinema de Periferia, que traz um recorte potente da produção audiovisual feita nas bordas urbanas do país nos últimos 25 anos.

Com curadoria do pesquisador Wilq Vicente e do coletivo Quilombarte, de Paraisópolis, a programação exibe 35 filmes entre curtas, longas, ficções e docs, além de celebrar os 20 anos do clássico “Rap, o canto da Ceilândia”, marco do cinema periférico.

A mostra destaca a explosão criativa que, a partir de 2010, consolidou uma nova geração de cineastas que transformaram o fazer cinematográfico em gesto político, liberdade estética e afirmação cultural.

São obras que mergulham no cotidiano, nas margens e nas histórias de quem constrói o país longe do centro, e que hoje ocupam festivais, salas, pesquisas e discussões sobre representação e identidade no cinema brasileiro contemporâneo.

Além das sessões, o evento promove dois debates: “Formação de cinema na periferia”, no dia 6, e “O mercado para o cinema periférico”, no dia 13, reunindo profissionais de instituições, coletivos e produtoras atuantes no cenário nacional.

A programação também marca o lançamento do livro Cinema de Periferia: Narrativas do Século 21, de Wilq Vicente, reforçando o movimento que amplia, atualiza e reivindica o lugar da periferia no audiovisual.

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