Prepare-se para ver São Paulo brilhar com muito mais que ouro e pedras preciosas. Até o dia 21 de setembro, o Solar Fábio Prado — antigo Museu da Casa Brasileira — recebe a exposição “Nem Tudo Que Reluz – uma exposição sobre o adorno e a arte contemporânea”, parte da quinta edição do projeto Contemporâneas Vivara, que comemora cinco anos de atuação celebrando a potência da arte feita por mulheres brasileiras.

Totalmente gratuita e aberta ao público, a mostra reúne 32 obras no espaço expositivo e uma série de intervenções urbanas que vão tomar conta de pontos icônicos da cidade como a Praça das Artes, a Estação Consolação do metrô e a Avenida Paulista. A ideia é simples e poderosa: trazer a arte para o cotidiano e mostrar que o adorno é muito mais do que vaidade — é memória, afeto e identidade.

Com curadoria de Ana Avelar, “Nem Tudo Que Reluz” parte da provocação: o que sentimos quando nos adornamos? O resultado é uma imersão profunda e sensível na simbologia desses objetos que acompanham a humanidade há milênios.

A mostra reúne obras de 21 artistas mulheres, com diferentes trajetórias, origens e linguagens — incluindo nomes como Amelia Toledo, Lidia Lisbôa, Nádia  Taquary e Rizza — em uma narrativa dividida em quatro núcleos curatoriais: Eterno e Efêmero; Vivências e Sentidos; Rituais e Magias; Transcendência e Transformação.

Além de instalações, esculturas e vídeos que dialogam com o corpo e o espírito, a exposição surpreende com experiências sensoriais, como uma escultura olfativa e obras interativas que convidam o público a se reconhecer e se reinventar.

Todo fim de semana, a mostra oferece uma programação especial e gratuita para toda a família. São oficinas, visitas mediadas, atividades lúdicas para crianças e encontros que estimulam o olhar, a memória e a criatividade.

A programação completa está disponível no Instagram da exposição: @contemporaneasvivara. A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas e requerem inscrição, que será aberta semanalmente no perfil da exposição no Instagram.

Criado em 2020, o projeto Contemporâneas Vivara tem como missão aproximar a produção artística feminina das ruas e da vida cotidiana, ocupando o espaço público com arte feita por mulheres. Ao longo de cinco anos, já passou por nove cidades brasileiras — como Salvador, Manaus, Olinda e Porto Alegre — e comissionou mais de 40 artistas, reafirmando o papel essencial da arte feminina na construção de novas narrativas sociais.

Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Vivara, o projeto também busca um diálogo simbólico com o universo da joalheria. “Mais do que apoiar uma exposição, a Vivara participa de um movimento que enxerga no gesto de adornar uma forma de expressão, conexão e transformação”, diz Marina Kaufman, conselheira da marca.