Butantan busca alternativa para substituir testes em animais
Instituto Butantan está na vanguarda desse movimento, lutando pelo direito dos animais e participando ativamente desse processo de mudança
O Instituto Butantan, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros organismos nacionais e internacionais, está comprometido em diminuir significativamente o uso de animais nos testes de qualidade de soros e vacinas.
Para concretizar essa mudança, a instituição explora ativamente metodologias alternativas dentro de seus laboratórios, alinhando-se com os avanços internacionais nesse campo.
Segundo divulgado pelo Portal do Governo, a iniciativa mais notável é a substituição dos tradicionais testes de detecção de pirogênios e de endotoxinas em animais, que avaliam a presença de componentes bacterianos em produtos imunobiológicos, por metodologias alternativas.
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Um exemplo concreto é a adoção do Teste de Ativação de Monócitos (Monocyte Activation Test ou MAT, na sigla em inglês) em substituição ao teste de pirogênio padrão, onde o produto é aplicado no coelho, e a possível febre indica uma contaminação. No MAT, realizado com monócitos ou sangue total, as células liberam interleucinas em caso de contaminação, indicando a presença de pirogênios.
Esse método já é considerado uma alternativa ao uso de animais pela Farmacopeia Europeia, que há mais tempo realiza discussões sobre métodos alternativos em pesquisa. No entanto, no Brasil, o teste de pirogênio em animais ainda é o padrão adotado pela Farmacopeia Brasileira.
O Instituto Butantan e outros institutos de pesquisa avaliam a viabilidade da implementação do MAT em seus estudos, apresentando resultados preliminares periodicamente à Anvisa. Essa iniciativa reflete o comprometimento da instituição em liderar mudanças significativas na abordagem de testes em animais em pesquisas relacionadas a vacinas e soros.
*Com informações da Portal do Governo.