Como ficam os serviços do INSS com servidores em estado de greve?
Produção dos funcionários do instituto será reduzida em 20%
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma série de paralisações, chamadas de “operação-apagão”, para reivindicar um reajuste salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social.
Organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social, essas paralisações geram preocupações entre os segurados do INSS. No entanto, é importante esclarecer como isso afeta os serviços oferecidos pelo órgão.
Funcionamento das agências do INSS
Durante esta fase inicial de paralisação, que começou na segunda-feira, 17 de junho, as paralisações não impactarão diretamente o atendimento nas agências físicas do INSS, conhecidas como APSs (Agências da Previdência Social).
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As “operações-apagão” estão programadas para ocorrer às terças e quintas-feiras até o final do mês, com uma redução de 20% na produção dos funcionários nesses dias.
Segundo Pedro Totti, presidente do sindicato, “a paralisação não afetará diretamente o atendimento nas agências físicas do órgão.”
Pagamentos de benefícios do INSS
Os segurados podem ficar tranquilos quanto ao pagamento dos benefícios já aprovados, pois esses são realizados pela Caixa Econômica Federal e não serão afetados pela greve dos servidores. Isso significa que aposentadorias, pensões e outros benefícios continuarão sendo pagos regularmente.
Revisão e concessão de novos benefícios
A paralisação pode, no entanto, afetar a revisão e concessão de novos benefícios. Os servidores do INSS, que trabalham tanto presencialmente nas agências quanto em home office, foram orientados a não fazer horas extras, o que pode comprometer os esforços do órgão para reduzir as filas de atendimento e acelerar a análise de novos pedidos.
Reivindicações dos servidores do INSS
A categoria dos servidores do INSS reivindica não apenas o reajuste salarial, mas também a valorização de sua carreira.
Eles discordam das propostas de reajuste oferecidas pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para 2025 e 2026, que são de 9% e 3,5%, respectivamente.
Além disso, há um temor entre os servidores sobre a possível extinção do cargo de Técnico do Seguro Social, considerado essencial para a análise e concessão de benefícios.
Impacto da Inteligência Artificial nas Análises de benefícios do INSS
Outro ponto de preocupação para os servidores é o aumento do uso de Inteligência Artificial (IA) nas análises do INSS.
Segundo Pedro Totti, presidente do SINSSP, “metade dos benefícios negados por meio de robôs são reavaliados pelos técnicos, e a negativa se dá por falhas como erro no número do CPF ou das informações da carteira de trabalho, por exemplo, o que só pode ser evitado com análise humana.”
Isso demonstra que a substituição de análises humanas por IA tem aumentado os erros na concessão de benefícios, prejudicando os cidadãos que dependem desses serviços.
“O que apuramos é que o Governo pretende extinguir o cargo de Técnico do Seguro Social, responsável pela análise e concessão de benefícios, que correspondem a 80% da força de trabalho do órgão.
Isso significa danos irreversíveis à população, que terá que enfrentar o sucateamento do INSS, que já está sem mão de obra qualificada para analisar e conceder benefícios. Principalmente os mais sensíveis que a população carece,” afirma o sindicato em nota oficial.