Entenda como a floresta em pé pode superar a pobreza, crises climáticas e melhorar as cidades
Biotecnologia e economia circular são capazes de unir desenvolvimento econômico à preservação do meio ambiente. Vem saber mais:
No atual cenário global, marcado pela crescente urgência de enfrentar desafios ambientais e sociais, a bioeconomia e a economia circular emergem como novas economias de destaque por uma razão fundamental: oferecem uma perspectiva inovadora de como equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.
Mais ainda, essas abordagens econômicas abrem portas para a inclusão de comunidades periféricas, tanto nas áreas urbanas quanto rurais.
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Seja nas enchentes do Rio Grande do Sul, Líbia ou Califórnia, ou nos terremotos na Turquia, Marrocos, entre outras questões climáticas como o aquecimento global, é preciso encontrarmos uma saída para essa crise global.
Baseado nas palavras do CEO da Mandú Inovação Social, Felipe Bannitz, a bioeconomia e a economia circular trazem grandes oportunidades para a superar a pobreza e, ao mesmo tempo, lidar com as crises climáticas, plantando florestas e limpando as cidades.
Hoje, vamos aprender como a construção de uma Economia da Floresta em pé se traduz em ações concretas com impacto positivo nas comunidades locais e no meio ambiente.
O que é economia da Floresta em pé?
A economia da floresta em pé, em primeiro momento, é um modelo que equilibra o desenvolvimento econômico com a preservação das florestas. Em vez de destruir as florestas para o cultivo de gado ou monocultura de grãos, usamos seus recursos madeireiros e não madeireiros de forma sustentável, garantindo que a natureza continue saudável e beneficie as gerações presentes e futuras.
É uma maneira de reconhecer que as florestas têm um valor importante além do lucro imediato, pois também ajudam a regular o clima e a proteger a biodiversidade. Mas, não é só isso…
Bannitz nos alerta: “Há o interesse do mundo em encontrar negócios sustentáveis que combatam as questões de emergências climáticas”.
Diante da urgência climática e do crescente foco nas métricas ESG (Ambiental, Social e Governança), grandes empresas estão se unindo para comprar insumos florestais e apoiando famílias a superarem a pobreza e a promoverem o plantio de florestas, tornando a bioeconomia um mercado em notável crescente, com destaque às indústrias alimentícia, cosmética e biomedicina.
Incentivos para a Bioeconomia Sustentável
Ainda sobre as florestas em pé, Felipe Bannitz também destaca a importância de “impulsionar a bioeconomia do pequeno agricultor a partir de mecanismos de blended finance que integram ações de capacitação e assistência técnica gratuita aos produtores com empréstimos para viabilizar o plantio das florestas de alimentos, da mesma maneira que atualmente se incentiva a expansão da pecuária e do cultivo de grãos na Amazônia.
Estes mecanismos têm a capacidade de potencializar o crescimento de nossas florestas e não a derrubada delas, tendo em mente a grande oportunidade de lucro para investidores, abastecimento de produtos da etnosociobiodiversidade para indústrias, inclusão econômica para as comunidades e contribuições para a construção de uma resiliência climática.
Como podemos ver no caso da Rede Mulheres do Maranhão (RMM), Felipe nos explica que a bioeconomia “tira as comunidades da posição de meras fornecedoras para protagonistas de um mercado pujante e sustentável”.
A Rede de Mulheres do Maranhão e a bioeconomia sustentável
A Rede Mulheres do Maranhão (RMM) surgiu em 2016 como uma iniciativa destinada a apoiar mulheres ex-vendedoras ambulantes e quebradeiras de coco babaçu que trabalhavam na Estrada de Ferro Carajás.
Em parceria com a Fundação Vale e a Mandú Inovação Social, a RMM encontrou soluções para inclusão social e econômica, incluindo a produção e venda de produtos em trens, E-commerce, Marketplace, Redes sociais e pontos físicos.
Atualmente, a RMM integra 15 negócios sociais e 4 grupos de quebradeiras de coco babaçu que abastecem as usinas que produzem óleo e farinha de babaçu.
O fortalecimento da cadeia produtiva do babaçu impulsiona a preservação das florestas proporcionando aumento de renda, desenvolvimento social e territorial, empoderamento das mulheres e preservação de saberes tradicionais.
Portanto, é hora de pensar em um futuro onde a “bioeconomia na floresta e a economia circular na cidade” se complementam para construir um mundo onde todos e todas desenvolvam seu potencial.
Felipe explica que a Mandú Inovação Social vê as agendas de economia circular e bioeconomia emergirem como uma estratégia fundamental na luta pela superação da pobreza e conservação dos biomas.
Sua abordagem inovadora está no suporte para a preparação das comunidades para aproveitarem as crescentes oportunidades econômicas que só tendem a crescer.
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