Governo dá péssima notícia para quem recebe Bolsa Família
Com a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família passou por reformulações
Atualmente, a Câmara dos Deputados está analisa a Medida Provisória que visa recriar o Bolsa Família e isso pode ameaçar diretamente algumas famílias que recebem o benefício, especialmente porque nos últimos meses, o governo federal está passando um “pente fino” no programa para coibir fraudes.
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Segundo Letícia Bartholo, secretária da Gestão de Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de cinco milhões de beneficiários podem ser substituídos por suspeitas de irregularidades.
“Nós precisamos fazer a articulação devida com estados e municípios para as chegarem as famílias, mas essa casa é muito importante, certo? Então esclarecer a população que somou a renda de todo mundo da família, dividiu pelo número de pessoas, deu até R$ 218, pode entrar no Bolsa Família. Se a renda for maior não é o caso, haverá outros programas”, disse.
Com a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família passou por reformulações. O novo Governo Federal anunciou mudanças, como o aumento do valor base do benefício para R$ 600 e a aprovação do pagamento de até duas parcelas extras para famílias com crianças de 0 a 6 anos, além de acréscimo de R$ 50,00 para famílias com adolescentes e mais o mesmo valor para aquelas que tem mulheres grávidas.
Além do incremento do Bolsa Família, o Governo também investiga minuciosamente o Cadastro Único com o instituto de identificar cadastros irregulares e falaciosos.
“Infelizmente, a quantidade (de fraudes) foi muito maior do que a gente pode alcançar até agora. Se a gente olhar de maio de 2022 até o começo de outubro, vamos encontrar cerca de 5,5 milhões de (cadastros) unipessoais. Então, alguma coisa estranha, ali, estava acontecendo. Até o mês de julho, a gente já deve ter avançado bem. Mas eu acho que vamos ter bom cadastro, no padrão que o Brasil já teve, por volta de dezembro”, afirmou Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento Social.
Além da suspensão de milhares de benefícios após a identificação de fraudes, algumas famílias também estão tendo o Bolsa Família bloqueado por não cumprirem as regras do programa social.
O que fazer quando o Bolsa Família está bloqueado?
Resolver um bloqueio no Bolsa Família não é uma tarefa difícil, mas pode ser burocrático e um tanto quanto demorado.
Para desbloquear o benefício e inclusive receber o pagamento retroativo, basta entrar em contato com a Central de Atendimento do Bolsa Família, pelo telefone 0800 707 2003 e solicitar o desbloqueio e o recebimento das parcelas atrasadas.
Na central de atendimento, o beneficiário do Bolsa Família terá que fornecer informações sobre o titular e apresentar documentos comprobatórios, como comprovante de endereço e documentos dos filhos, por exemplo.
O Governo Federal liberará o benefício bloqueado e realizar o pagamento atrasado depois de analisar as informações concedidas pelo beneficiário. Este processo de análise pode levar algum tempo. É fundamental ficar atento aos prazos estipulados pela Central de Atendimento.
Por fim, vale destacar, que quem passa por um bloqueio do Bolsa Família pode fiquem atentos às exigências do programa e mantenham seu cadastro sempre atualizado.
Como receber o benefício?
O programa terá um novo valor de renda para entrada. O Bolsa Família vai incluir famílias com renda de até R$ 218 por pessoa. Se a renda mensal por pessoa da família estiver dentro deste critério, a família apta ao programa.
É preciso também realizar a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal. A inscrição é feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência social no município.
Como continuar dentro do Bolsa Família?
As famílias terão que cumprir alguns compromissos nas áreas de saúde e de educação, os chamados de “condicionalidades”.
– Exigência de frequência escolar para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos das famílias que recebem o benefício
– Acompanhamento pré-natal para gestantes
– Acompanhamento nutricional (peso e altura) das crianças até 6 anos
– Manutenção do caderno de vacinação totalmente atualizado
A partir de junho deste ano, se a renda da família aumentar para além do limite de entrada do programa e até o limite de meio salário-mínimo, o benefício não vai ser imediatamente cortado. A família pode continuar por até dois anos no programa, recebendo 50% do valor do benefício.