Governo dá péssima notícia para quem recebe Bolsa Família

Com a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família passou por reformulações

09/05/2023 13:30

Atualmente, a Câmara dos Deputados está analisa a Medida Provisória que visa recriar o Bolsa Família e isso pode ameaçar diretamente algumas famílias que recebem o benefício, especialmente porque nos últimos meses, o governo federal está passando um “pente fino” no programa para coibir fraudes.

Governo dá péssima notícia para quem recebe Bolsa Família
Governo dá péssima notícia para quem recebe Bolsa Família - Agência Brasil/Marcelo Camargo

Segundo Letícia Bartholo, secretária da Gestão de Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de cinco milhões de beneficiários podem ser substituídos por suspeitas de irregularidades.

“Nós precisamos fazer a articulação devida com estados e municípios para as chegarem as famílias, mas essa casa é muito importante, certo? Então esclarecer a população que somou a renda de todo mundo da família, dividiu pelo número de pessoas, deu até R$ 218, pode entrar no Bolsa Família. Se a renda for maior não é o caso, haverá outros programas”, disse.

Com a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família passou por reformulações. O novo Governo Federal anunciou mudanças, como o aumento do valor base do benefício para R$ 600 e a aprovação do pagamento de até duas parcelas extras para famílias com crianças de 0 a 6 anos, além de acréscimo de R$ 50,00 para famílias com adolescentes e mais o mesmo valor para aquelas que tem mulheres grávidas.

Além do incremento do Bolsa Família, o Governo também investiga minuciosamente o Cadastro Único com o instituto de identificar cadastros irregulares e falaciosos.

“Infelizmente, a quantidade (de fraudes) foi muito maior do que a gente pode alcançar até agora. Se a gente olhar de maio de 2022 até o começo de outubro, vamos encontrar cerca de 5,5 milhões de (cadastros) unipessoais. Então, alguma coisa estranha, ali, estava acontecendo. Até o mês de julho, a gente já deve ter avançado bem. Mas eu acho que vamos ter bom cadastro, no padrão que o Brasil já teve, por volta de dezembro”, afirmou Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento Social.

Além da suspensão de milhares de benefícios após a identificação de fraudes, algumas famílias também estão tendo o Bolsa Família bloqueado por não cumprirem as regras do programa social.

O que fazer quando o Bolsa Família está bloqueado?

Resolver um bloqueio no Bolsa Família não é uma tarefa difícil, mas pode ser burocrático e um tanto quanto demorado.

Para desbloquear o benefício e inclusive receber o pagamento retroativo, basta entrar em contato com a Central de Atendimento do Bolsa Família, pelo telefone 0800 707 2003 e solicitar o desbloqueio e o recebimento das parcelas atrasadas.

Na central de atendimento, o beneficiário do Bolsa Família terá que fornecer informações sobre o titular e apresentar documentos comprobatórios, como comprovante de endereço e documentos dos filhos, por exemplo.

O Governo Federal liberará o benefício bloqueado e realizar o pagamento atrasado depois de analisar as informações concedidas pelo beneficiário. Este processo de análise pode levar algum tempo. É fundamental ficar atento aos prazos estipulados pela Central de Atendimento.

Por fim, vale destacar, que quem passa por um bloqueio do Bolsa Família pode fiquem atentos às exigências do programa e mantenham seu cadastro sempre atualizado.

Como receber o benefício?

O programa terá um novo valor de renda para entrada. O Bolsa Família vai incluir famílias com renda de até R$ 218 por pessoa. Se a renda mensal por pessoa da família estiver dentro deste critério, a família apta ao programa.

É preciso também realizar a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal. A inscrição é feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência social no município.

Como continuar dentro do Bolsa Família?

As famílias terão que cumprir alguns compromissos nas áreas de saúde e de educação, os chamados de “condicionalidades”.

– Exigência de frequência escolar para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos das famílias que recebem o benefício

– Acompanhamento pré-natal para gestantes

– Acompanhamento nutricional (peso e altura) das crianças até 6 anos

– Manutenção do caderno de vacinação totalmente atualizado

A partir de junho deste ano, se a renda da família aumentar para além do limite de entrada do programa e até o limite de meio salário-mínimo, o benefício não vai ser imediatamente cortado. A família pode continuar por até dois anos no programa, recebendo 50% do valor do benefício.