O botijão de gás de cozinha, que é uma despesa significativa para famílias de baixa renda, não teve uma queda tão grande em seu preço em comparação com outros combustíveis desde o início da guerra na Ucrânia. Essa guerra causou um aumento geral nos preços ao redor do mundo.

Mesmo com reduções feitas pela Petrobras, o preço do gás aumentou em seis estados. Um estudo realizado pela Folha mostra que em algumas regiões, o gasto com gás pode representar mais da metade da renda de famílias pobres.

Enquanto o preço médio do botijão de gás de 13 quilos caiu 12,7%, passando de R$ 119,58 (valor ajustado pela pegada) em março de 2022 para R$ 104,37 na semana passada, a gasolina e o diesel tiveram quedas muito maiores, de 32% e 34%, respectivamente.

Os preços dos três produtos foram reduzidos várias vezes nas refinarias nos últimos meses. A gasolina também se beneficiou de cortes de impostos. No entanto, dados do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) indicam que o preço do gás foi seguro.

Nas refinarias da Petrobras, o preço de venda do gás caiu 47,9% desde o pico de R$ 61,65 por botijão em março de 2022. Houve cinco reduções nesse período, sendo a última delas em 17 de maio, com uma queda de 21,6%, ou seja, R$ 8,97 por botijão.

Quando anunciou essa redução, a Petrobras esperava que o preço médio do produto chegasse a R$ 99,87. No entanto, duas semanas depois, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio era um pouco mais alto.