Desde 2018, a CALMA enche a Vila Madalena, em São Paulo, com roupas confortáveis, coloridas, sem gênero e que abracem diferentes tipos de corpos. “Porque o corpo se movimenta muito, então para acompanhar esses movimentos, eu acho que o cuidado que eu tenho é na hora da modelagem, do estudo do corpo e das proporções de cada um”, revela Kelly Kim, que divide a criação da marca com seu companheiro Adrien Gingold.
Kim teve a ideia de criar a CALMA após uma viagem de seis meses pela Ásia. Acostumada com o universo da confecção por atacado, onde atuou por mais de 20 anos, a estilista foi impactada por uma forma diferente de se relacionar com as roupas nos países por onde passou.
Em algumas regiões da Ásia, a criação de uma peça de roupa pode demorar até dois anos para ficar pronta, o que faz com as pessoas tenham menos peças em seus armários. Em contrapartida, cada roupa se torna única e especial.
Pensando nisso, a estilista passou a criar com CALMA – e todo carinho – diversas peças artesanais versáteis, com estampas originais e sem gênero, porque “ [divisão por] gênero não faz muito sentido na nossa vida, então na nossa ideia de moda, vai continuando essa ideia”, conta Adrien.
“Para mim, o fazer artesanal é algo que me motiva, algo que eu amo”, conta Kelly, que aprendeu a fazer tudo à mão. “Acho que esse tempo, porque fazer à mão leva muito tempo, resgata em mim tudo o que eu vivi. Então, enquanto estou trabalhando eu também estou revisitando tudo aquilo o que eu passei até hoje. E isso é a coisa que eu mais valorizo dentro do meu trabalho.”