Ecosexy: conheça a Insecta Shoes, uma marca artesanal de moda 100% vegana e ecológica

São Paulo

Ecosexy: conheça a Insecta Shoes, uma marca artesanal de moda 100% vegana e ecológica

Moda Artesanal Sustentabilidade

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Ecosexy: conheça a Insecta Shoes, uma marca artesanal de moda 100% vegana e ecológica

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Empresa produz calçados, roupas e acessórios a partir de tecidos de garrafas PET, borracha e algodão reciclados e vários outros materiais reutilizados

Publieditorial

Você sabia que, de modo geral, empresas mais tradicionais usam apenas 1% de materiais reciclados ou transformados para produzir roupas?

Com a proposta de mudar essa realidade predatória para o meio ambiente, surgiu a Insecta Shoes, que aposta no conceito ecosexy – a união entre a estética e a ética ecológica – para criar sapatos e acessórios atemporais, artesanais, mega estilosos e livres de qualquer sofrimento animal!

No início, os sapatos da Insecta Shoes eram feitos artesanalmente a partir de peças garimpadas em brechós. “Com um vestido, por exemplo, é possível fazer cinco pares de sapatos”, explica Bárbara Mattivy, cofundadora da marca
Créditos: Insecta | Divulgação
No início, os sapatos da Insecta Shoes eram feitos artesanalmente a partir de peças garimpadas em brechós. “Com um vestido, por exemplo, é possível fazer cinco pares de sapatos”, explica Bárbara Mattivy, cofundadora da marca
Catraca Livre e Eisenbahn uniram forças para criar o Guia Artesanal, um roteiro que valoriza um estilo de vida calcado no fazer, com atenção e paixão em cada detalhe.

A marca nasceu em 2014 de um feliz encontro entre Bárbara Mattivy e Pam Magpali, que sonhavam em criar juntas uma produção de sapatos artesanais feitos com roupas reutilizadas. Mais tarde, entraria para a sociedade Fernando Bucheroni.

“Naquela época, eu tinha um brechó online e a Pam tinha uma marca própria de calçados artesanais. No início, os sapatos eram todos feitos dessa forma, a partir de peças garimpadas em brechós. Com um vestido, por exemplo, é possível fazer cinco pares de sapatos”, lembra Bárbara.

A marca foi crescendo aos poucos e hoje tem duas lojas em SP, uma em Pinheiros (Rua dos Pinheiros, 342) e outra nos Jardins (Rua Oscar Freire, 1148), mas já teve até uma filial no Canadá, a convite do consulado desse país. E seus produtos são revendidos em outros países, como EUA, Alemanha, França, Espanha e Israel.

Conhecida por sua preocupação com a natureza, apresentadora Bela Gil ajudou a Insecta Shoes a desenvolver uma coleção de sandálias, lenços, bolsas e outros acessórios
Créditos: Insecta | Divulgação
Conhecida por sua preocupação com a natureza, apresentadora Bela Gil ajudou a Insecta Shoes a desenvolver uma coleção de sandálias, lenços, bolsas e outros acessórios

Além disso, os calçados super estilosos já conquistaram os pezinhos de gente bastante famosa. “Um dia acordamos, percebemos um pico atípico de vendas no site e fui investigar o porquê. Na madrugada anterior, o ator Antonio Fagundes apareceu no Programa do Jô usando um sapato de girassol da nossa marca”, diverte-se a empresária.

Desde então, outras pessoas famosas já ajudaram a popularizar a marca, como Nátaly Neri, Djamila Ribeiro, Paola Carosella e Rubel. Inclusive a apresentadora Bela Gil, conhecida por sua preocupação com a natureza, acabou de ajudar a Insecta Shoes a desenvolver uma coleção de sandálias, lenços, bolsas e outros acessórios.

Processos sustentáveis

Desde sua criação, a marca vegana já usou como matéria-prima mais de 88 mil garrafas PET recicladas, 11.400 quilos de borracha reciclada, 2.400 metros de tecido reaproveitado e 15.700 caixas de papelão reutilizadas. Não é à toa que a Insecta recebeu vários reconhecimentos nacionais e internacionais, como as certificações Peta e EuReciclo, além do prêmio Best for the World.

Para garantir todo esse cuidado com o uso dos recursos naturais, a Insecta Shoes desenvolveu uma série de critérios, práticas e padrões super rigorosos e artesanais. Eles apoiam-se em três caminhos básicos (apontados originalmente pela entidade Ellen MacArthur Foundation): remover o desperdício e a poluição nas etapas de design, produção e descarte; manter os produtos em uso e regenerar os ciclos naturais.

Estas práticas são aplicadas em todas as fases da produção, da escolha dos fornecedores ao ciclo do produto na natureza. “Nosso foco é aumentar a vida útil do que já existe no mundo, pois acreditamos que o produto mais verde é aquele que já existe. Por isso, focamos em upcycling e reciclagem de materiais com o objetivo de gerar o menor impacto ambiental possível”, explica Bárbara Mattivy, cofundadora da marca.

Como isso acontece na prática? Tudo começa com a escolha próxima dos fornecedores e parceiros de negócios, que, segundo a empresária, precisam estar alinhados com os valores da confecção.

“Trabalhamos para ter uma rede produtiva socialmente justa e economicamente sustentável, dentro de um modelo com responsabilidade social. Para fazer jus às certificações, tem trabalho de muita gente. Além disso, produzir um produto vegano exige cuidados especiais na fábrica como, por exemplo, não misturar tecidos de couro no ambiente em que estamos produzindo as opções veganas”, acrescenta.

Os sapatos e roupas da Insecta são confeccionados de materiais que você nunca imaginaria, como borracha reciclada, sobras de tecido, latão reciclado, fios de garrafa PET, algodão reciclado e roupas de brechó
Créditos: Insecta | Divulgação
Os sapatos e roupas da Insecta são confeccionados de materiais que você nunca imaginaria, como borracha reciclada, sobras de tecido, latão reciclado, fios de garrafa PET, algodão reciclado e roupas de brechó

O time que desenha os produtos da marca também é responsável por pesquisar quais matérias-primas causam menores impactos ambientais. E, a partir desse estudo cuidadoso, a Insecta Shoes tem uma lista de materiais proibidos, daqueles que precisam ser usados com moderação e de matérias-primas ideais.

E o bacana é que você encontra sapatos e roupas confeccionados de materiais que você nunca imaginaria! Por exemplo, as solas dos calçados são feitas de borracha reciclada; a palmilha, de sobras de tecido; os ilhós, de latão reciclado; e o cabedal (aquele tecido que cobre a parte superior do sapato), de uma mistura de fios de garrafa PET, algodão reciclado e roupas de brechó.

Já os sapatos de “couro” usam um tecido chamado Piñatex, feito a partir da casca do abacaxi. Ou seja, todos esses materiais seriam descartados na natureza e ganharam uma nova vida. Legal, né?

Sabe aquele tênis que você ama e já até furou de tanto usar? A Insecta também tem um programa de logística reversa, que fecha o ciclo de alguns desses insumos na natureza. Você entrega de volta o produto que comprou na loja e ele vira a palmilha de outro sapato ou o tecido de outra roupa.

Outro cuidado é desenvolver peças que nunca ficam fora da moda. “Não trabalhamos com tendências passageiras e nossos produtos são atemporais. Também planejamos milimetricamente nossa compra de estoque para minimizar excessos e evitar desperdícios. Hoje, a maior parte da nossa produção funciona sob encomenda, os produtos só são feitos depois que o cliente comprou”, acrescenta Mattivy.

“Esperamos que num futuro breve nem exista mais essa divisão do que é moda sustentável e do que não é”, sonha Bárbara Mattivy, cofundadora da marca
Créditos: Insecta | Divulgação
“Esperamos que num futuro breve nem exista mais essa divisão do que é moda sustentável e do que não é”, sonha Bárbara Mattivy, cofundadora da marca

Sonhando alto

Apesar das várias conquistas ambientais, a Insecta Shoes tem a ambição de se tornar uma marca ainda mais sustentável, como aponta o relatório publicado anualmente pela empresa. A ideia desse documento é declarar o que a empresa tem feito para minimizar seu impacto negativo no planeta.

Ainda há muitas metas a cumprir, por exemplo, aumentar a rastreabilidade dos materiais comprados dos fornecedores, comprar apenas matéria-prima 100% brasileira, ou ainda aumentar a implementação do modelo de produção feito sob encomenda.

Outro desejo de Bárbara Mattivy é inspirar pessoas e marcas com esse modelo de gestão sustentável. “Esperamos que num futuro breve nem exista mais essa divisão do que é moda sustentável e do que não é”, sonha.

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