João de Barro produz botinas sem gênero e atemporais para você viver altas aventuras

São Paulo

João de Barro produz botinas sem gênero e atemporais para você viver altas aventuras

Moda Artesanal Design Sustentabilidade

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João de Barro produz botinas sem gênero e atemporais para você viver altas aventuras

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Marca artesanal idealizada por Luiza Navarro produz sapatos em couro e veganos com foco na durabilidade

Publieditorial

“Calçados para dançar, molhar, pisar, ir, viver e descobrir”. É assim que a marca artesanal mineira João de Barro Botinas se define. Criada em 2016, ela aposta em uma linha atemporal e durável para acompanhar os clientes em vários momentos da vida.

Tudo começou em 2013, quando Luiza Navarro, formada em Negócios da Moda, encontrou a botina perfeita em Goiás. Foi paixão à primeira vista – e ao primeiro uso. O sapato acompanhou as aventuras da empreendedora por anos.

Criada em 2016, a marca artesanal mineira João de Barro Botinas aposta em uma linha atemporal e durável para acompanhar os clientes em vários momentos da vida
Créditos: Reprodução | Instagram @joaodebarrobotinas
Criada em 2016, a marca artesanal mineira João de Barro Botinas aposta em uma linha atemporal e durável para acompanhar os clientes em vários momentos da vida
Catraca Livre e Eisenbahn uniram forças para criar o Guia Artesanal, um roteiro que valoriza um estilo de vida calcado no fazer, com atenção e paixão em cada detalhe.

No meio do caminho, ela entendeu que precisava produzir – com as próprias mãos – algo que fosse tão confortável e resistente quanto aquela botina, já que não achava nada equivalente disponível. Foi quando Luiza ativou o modo investigadora para encontrar os melhores fornecedores para viabilizar seu sonho.

“Fiz mais de 45 testes e nada ficava legal. Nisso, eu já tinha site pronto, logo, embalagem, tudo menos a bota. Um dia, muito frustrada, decidi destruir minha botina, porque eu tentava achar exatamente aquele fornecedor e não conseguia, já que na etiqueta só estava escrito Paulo e eu já tinha tentado todas as combinações possíveis e imagináveis nos sites de busca, sem sucesso”, conta.

Mas o universo intercedeu e a história teve um final inesperado. “Quando destruí o sapato, encontrei um código entre o solado e a forma. Joguei esse número nos buscadores, achei a empresa de solados e mandei a foto da bota perguntando para quem eles forneciam. Recebi uma lista bacana e encontrei o tal do Paulo, que é mineiro e estava pertinho de mim”, completa.

Paulo é o pai do Murilo, um dos irmãos que conduz essa fábrica totalmente familiar e sustentável. É com ele que a Luiza fala todos os dias, buscando dar forma aos seus desejos.

Couro, elástico de poliéster, sola de borracha e linha. Essa combinação de ingredientes foi só o começo para a inquieta Luiza dar asas a sua criatividade em novos modelos e uso de materiais
Créditos: Reprodução | Instagram @joaodebarrobotinas
Couro, elástico de poliéster, sola de borracha e linha. Essa combinação de ingredientes foi só o começo para a inquieta Luiza dar asas a sua criatividade em novos modelos e uso de materiais

“Eu cheguei lá e comecei a ver todos os materiais que ele usava na fábrica. Naquela época, eu não sabia nada, mas sugeria: vamos usar esse couro com essa linha, com esse solado. Então, fomos montando algo juntos na hora, foi uma coisa muito natural”, lembra-se.

Antes da João de Barro efetivamente ganhar o mundo, a Luiza e o Murilo uniram suas expertises para desenvolver a botina ideal. E a marca só foi lançada após a empreendedora ficar com o calçado no pé por um ano, diariamente.

Expansão e ousadia

Couro, elástico de poliéster, sola de borracha e linha. Essa combinação de ingredientes foi só o começo para a inquieta Luiza. Depois de desenvolver um modelo capaz de resistir “à lama, aos tropeços, às poças e às desilusões”, como aparece no site da marca, vieram novas vontades.

Após fazer um curso de calçado manual, a empresária abriu sua mente. Para atender as diferentes demandas do mercado e ousar nas criações, passou a desenvolver outros tipos de sapato, como papetes e mules. Além disso, em 2020 nasceu uma linha vegana e, em 2021, uma loja física.

O diferencial da marca artesanal está no desejo de criar botinas capazes de resistir “à lama, aos tropeços, às poças e às desilusões”
Créditos: Reprodução | Instagram @joaodebarrobotinas
O diferencial da marca artesanal está no desejo de criar botinas capazes de resistir “à lama, aos tropeços, às poças e às desilusões”

Embora seja apaixonada pelo couro, Luiza sempre quis fazer produtos veganos também. Foram três anos de pesquisas até surgirem os primeiros modelos nesse estilo. “Fiz inúmeros testes com o couro de uma planta utilizado por algumas marcas em bolsas e cintos, mas ele ainda não é resistente para calçados”.

Como em outros episódios da marca, Luiza mostrou que resiliência é tudo para quem se propõe a fazer um produto artesanal de qualidade. “Eu estava bem chateada, até que conheci os donos da Projeto Base, quando ela ainda existia, e fui apresentada ao fornecedor deles, o Gabriel. Nos entendemos muito e, além do insumo de qualidade, ele me deu abertura para produzir sem um pedido mínimo muito grande, que é exatamente o que impacta o trabalho do pequeno produtor”.

A linha vegana da João de Barro utiliza um couro feito de poliuretano (PU). Apesar de ser um derivado do petróleo, é um material bem sustentável e resistente. “Atualmente, na indústria brasileira, é a matéria-prima mais reciclável que existe. Hoje, ele consegue ser reaproveitado em pisos, pistas e blocos de concreto e existem estudos para torná-lo biodegradável”, acrescenta.

Luiza só lançou a João de Barro, após usar diariamente a primeira botina feita para a marca durante um ano!
Créditos: Reprodução | Instagram @joaodebarrobotinas
Luiza só lançou a João de Barro, após usar diariamente a primeira botina feita para a marca durante um ano!

O desafio, no entanto, está nas mãos dos consumidores. Para o reaproveitamento do PU, é necessário o descarte correto do insumo. A João de Barro está preparada para receber os sapatos desgastados e, por isso, faz questão de, nas suas comunicações com os clientes, explicar a importância de manter esse ciclo ativo, evitando o prejuízo ao meio ambiente.

Nada disso seria possível sem as sólidas parcerias construídas ao longo desses anos. Além do Murilo e do Gabriel, Luiza trabalha com outras designers e está sempre em busca de feedbacks. “É um trabalho realizado em várias mãos”, comenta.


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