Médicos cubanos revolucionam atendimento em comunidade no ES

24/06/2014 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:04

Lançando em julho do ano passado pelo governo federal sob desconfiança e críticas, o Mais Médicos tem sido fundamental em regiões carentes. O programa conta atualmente com cerca de 14 mil médicos estrangeiros atuando no país –a maioria cubanos.

Os médicos cubanos Orlando Maure Ceballo e Tamara Delgado Riesgos
Os médicos cubanos Orlando Maure Ceballo e Tamara Delgado Riesgos

Questões ideológicas e partidárias a parte, alguns médicos estão revolucionando o atendimento na periferia de Serra, na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo.

Com mais de 12.000 habitantes, a comunidade de Planalto Serrano, volta e meia estampa as manchetes dos principais jornais capixaba por conta da violência. O município ocupa a 18ª posição nacional de cidades com maior número de homicídios no Brasil.

A região sofreu durante os últimos anos com ausência de serviços públicos e de infraestrutura.

Em 2012, foi inaugurada uma URS (Unidade Regional de Saúde), responsável pelo atendimento às áreas A e C da comunidade.

Orlando Maure Ceballo durante atendimento na URS de Planalto Serrano
Orlando Maure Ceballo durante atendimento na URS de Planalto Serrano

Desde de dezembro do ano passado, a unidade conta com os médicos cubanos Orlando Maure Ceballo, 47 anos, e Tamara Delgado Riesgos, 51 anos, que em seis meses conseguiram resolver o atraso nas consultas de pré-natal.

Logo de início, Orlando e Tamara decidiram unir forças e trabalhar em conjunto com a coordenação e a equipe local para organizar a rotina de atendimentos.

O desenvolvimento de um programa de atendimento para os casos de hipertensão e diabetes, as duas doenças mais comuns entre os pacientes da unidade, também foi uma das prioridades.

Além da organização do atendimento na unidade, os médicos cubanos tiveram a iniciativa de sistematizar as consultas domiciliares, para aqueles pacientes que não podem se deslocar até a unidade de saúde. Eles visitam pacientes idosos ou acamados, e fazem visitas às pacientes em puerpério, até 15 dias depois do parto.

A versão brasileira do site da ONU destacou a ação dos médicos cubanos nas comunidades carentes de Serra.