A ideia de que drones entreguem presentes de Natal em áreas remotas ainda não saiu do papel. Enquanto isso, nas florestas da Papua-Nova Guiné, uma startup especializada na tecnologia desenvolveu um conceito de delivery de medicamentos e outras assistências em drones a partir de assunto muito delicado e de utilidade a pública: a saúde.

Em setembro, os executivos da Matternet, startup norte-americana por trás da inovação, viajaram para as Ilhas do Pacífico a convite do governo e funcionários do Médico Sem Fronteiras para conferirem de perto uma grave epidemia de tuberculose nas regiões rurais do país e implementarem um projeto de delivery de medicamentos e outras assistências em drones como uma alternativa a região.

Com estradas em péssimas condições e locais longes do hospitais os médicos provaram ser quase impossível transferir pacientes em estados críticos da doença para os centros médicos. Dependiam de aviões, barcos e caminhadas para fazer uma jornada imprevisível que podiam levar algumas horas ou dias, dependendo da distância entre a comunidade e o hospital.

O projeto-piloto é um teste inicial da startup para montar uma rede de transporte de medicamentos em drones ao redor de regiões do mundo com estradas precárias. A tecnologia economiza cerca de três horas, se comparada ao uso dos veículos, pra fazer o delivery dos medicamentos.

Em agosto, a empresa trabalhou com a OMS (Organização Mundial da Saúde) para incluir outro teste piloto nas altas montanhas do Butão, na Ásia.