Estima-se de duas a três mulheres sejam atacadas com ácido na Índia toda semana. A maior parte dos casos é cometido por homens próximos às vítimas. No entanto, muitos deles não são denunciados por vergonha das mulheres de mostrar o rosto ou pelo medo de acontecerem novos ataques.

A indiana Reshma Qureshi, de 19 anos, é uma delas. Em 2014, após denunciar o irmão de seu marido por assédio, a jovem foi atacada e teve seu rosto desfigurado pelo o ácido. Além de ter sua pele comprometida, ela ainda perdeu o olho esquerdo.

Mas esta semana Reshma superou mais uma barreira ao desfilar como convidada Semana de Moda de Nova York, a NYFW. Ela foi uma das modelos da grife FTL Moda, que tem a temática da inclusão em seu DNA e é famosa por organizar desfiles com modelos deficientes.

Café na Índia é gerenciado por mulheres vítimas de ataques com ácido

“Quando eu descobri que fui convidada para o Fashion Week, por um momento não acreditei que uma grande cidade como Nova York estava me dando essa oportunidade. Fiquei realmente feliz e espero que isso possa inspirar outras mulheres”, disse ao jornal “New York Times”.

Reshma ganhou notoriedade no Youtube graças aos vídeos em que aparece dando dicas de maquiagem, produzido pela ONG Make Love Not Scars, que luta para aumentar as restrições à venda de ácidos na Índia.