Ela escapou do Talibã e agora está inspirando atletas pelo mundo
Nadia Nadim é uma famosa jogadora de futebol nos Estados Unidos –ela joga no Portland Thorns– e no exterior. O início de sua carreira foi na Dinamarca. Mas ela nunca sentiu a pressão no campo. Para Nadim, jogar sempre foi uma alegria. Sua maior pressão foi sentida na convivência com o Talibã.
Embora muitos jogadores possam sentir o mesmo, é por causa de sua educação que ela pode manter a calma diante de situações como competições internacionais. Porque o amor de Nadia pelo esporte começou em segredo.
Nascida no Afeganistão, ela foi introduzida no futebol por seu pai. Na época, ele era general no exército afegão. Quando Nadim tinha 10 anos, no entanto, seu pai foi convocado para uma reunião com a força de ocupação, o Talibã.
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Ele nunca voltou. A garota, suas quatro irmãs e sua mãe estavam sozinhas. Ela não podia ir à escola ou jogar futebol em público e, por isso, manteve sua paixão pelo esporte confinada.
Naturalmente, não era uma vida para crianças, então a mãe guardou tudo o que tinham e planejou uma fuga. Contrabandistas levariam a família a Londres, onde tinham parentes. Quando o ônibus parou de repente, estavam certas de que haviam sido deixadas na agitada capital britânica.
Mas estavam na Dinamarca rural.
As mulheres foram colocadas em um campo de refugiados e, mesmo que as condições não fossem ideais, Nadim finalmente conseguiu fazer em público o que amava. Jogou com outras meninas e meninos e floresceu.
As coisas começaram a mudar quando ela começou a treinar em um clube e as mulheres foram autorizadas a sair do campo para morar em um apartamento.
Quando a mãe de Nadia, Hadim, lutou para pagar a viagem da filha com o clube, a organização comprou suas passagens de ônibus. Elas já sabiam que Nadim estava destinada a grandes coisas.
Não demorou muito para que ela se graduasse no futebol sênior. Ganhou cidadania dinamarquesa e recebeu um cobiçado lugar na equipe nacional. A afegã nativa foi a primeira pessoa naturalizada a se juntar ao time.
Futebol e medicina
Recentemente, ela ajudou os dinamarqueses, que não eram favoritos, a derrotar os campeões, a Alemanha, nas quartas-de-final da Euro 2017. Seus companheiros de equipe se esforçaram nas finais, onde, infelizmente, perderam para a Holanda.
Nadim é apaixonada pelo futebol, mas, acima de tudo, quer dar de volta algo àqueles que a fizeram superar suas dificuldades.
Em breve, ela receberá um diploma de medicina em cirurgia reconstrutiva, para ajudar as pessoas da Dinamarca a se recuperarem de lesões debilitantes e deformantes.
Para alguém que veio do nada e se construiu, Nadia é um verdadeiro testemunho de todas as coisas que podemos realizar quando as colocamos na mente.
Com informações do “Inspire More“