Os oito passos para não disseminar ‘notícias falsas’
A Associação Nacional de Professores, órgão do Reino Unido, decidiu realizar uma pesquisa estudantes dos países membro porque algumas escolas reportaram que crianças estavam escrevendo informações distantes da realidade em suas lições de casa, além de apresentarem comportamentos estranhos.
O óbvio se comprovou: as famosas “notícias falsas” que surgem na internet estavam aterrorizando aqueles que com menos experiência na leitura de textos. Cerca de 35 % dos entrevistados acreditavam em textos inventados e acabavam por copiá-los em lições e reproduzí-los na internet. Ou seja, o que antes eram boatos que corriam de “boca em boca” ou meras “lendas urbanas”, como a “loira do banheiro”, com a roupagem de noticiário da internet começaram a se tornar parte da realidade dos estudantes.
Algumas delas, de um pequeno vilarejo da Inglaterra, por exemplo, se recusaram a sair de casa por conta de uma falsa notícia sobre “palhaços assassinos” estavam a solta na vizinhança.
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Mas os adultos não escapam das notícias falsas. Em casos de alta complexidade, como na apuração de informações e provas da Operação Lava Jato no Brasil, uma onda de notícias falsas também tomou conta das mentes dos brasileiros.
Acadêmicos do mundo, ligados à área de alfabetização midiática e informacional, resolveram se unir para banir este mal pela raiz: estipularam oito simples passos para evitar que internautas acreditem em boatos. São eles:
1 – A fonte original da informação publicada é confiável?
2 – Leia além das manchetes, elas às vezes são criadas apenas para chamar sua atenção.
3 – Quem assina ou compartilha o texto é confiável?
4 – Clique em links complementares ao texto principal
5 – Confira a data do texto; pode se tratar de uma notícia antiga
6 – Seus preconceitos podem afetar a leitura do texto?
7 – O texto pode ser uma piada? Considere isso.
8 – Pergunte a amigos ou professores sobre o assunto antes de compartilhá-lo.
Alexandre Le Voci Sayad é jornalista, educador e escritor.