Games além do controle: como a tecnologia dos jogos está transformando educação, saúde e o mercado criativo no Brasil
Se antes os videogames eram vistos apenas como diversão, hoje eles ganham espaço em áreas como educação, saúde e até no mundo corporativo

Do hospital ao espaço: quando o jogo vira esperança
Imagine uma criança em tratamento contra o câncer se tornando a heroína de uma missão intergaláctica. Isso é o que acontece com O Chamado do Herói, projeto da brasileira Goblin Studios. Usando realidade virtual, o game transforma sessões de quimioterapia em jornadas lúdicas e imersivas, com direito a nave espacial e fases divertidas. Uma experiência que mostra como a tecnologia pode humanizar o cuidado e transformar a dor em aventura.
“Os games estão saindo da caixinha da diversão e ganhando espaço em áreas como educação, saúde e treinamento corporativo”, afirma Lia Fuziy.
Com a ascensão da inteligência artificial, o setor de games vive uma verdadeira revolução. Ferramentas baseadas em IA agilizam a criação de jogos e a análise de dados, mas acendem um alerta: será que corremos o risco de termos jogos cada vez mais genéricos?
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“O equilíbrio entre tecnologia e criatividade humana será crucial para manter a essência dos jogos”, aponta a especialista.
As tecnologias como blockchain e NFTs causaram um grande burburinho no universo gamer. Prometiam revoluções com novos modelos de propriedade digital e monetização. Mas o tempo mostrou que ainda há desafios — da especulação financeira ao impacto ambiental.
A adoção em larga escala dessas tecnologias ainda depende de um modelo mais sustentável e inclusivo. Por enquanto, o hype esfriou — mas o debate continua.
E-sports, mercado e futuro: o game é sério!
Se tem algo que cresceu nos últimos anos foi o universo dos e-sports. Com campeonatos lotados, transmissões ao vivo e milhares de fãs, os esportes eletrônicos já movimentam milhões e criam novas profissões, como narradores, analistas e streamers. Mas é bom lembrar: o desenvolvimento de jogos segue um caminho diferente.
Em 2023, o Marco Legal dos Jogos foi aprovado no Brasil, abrindo portas para impulsionar a indústria nacional. Agora, iniciativas para fortalecer estúdios independentes e incentivar a produção local ganham força.
Quer desenvolver um jogo? Aqui vai o mapa da Lia
Para quem sonha em criar seu próprio game, o caminho pode ser desafiador, mas não impossível. A dica é: comece com uma demo jogável e invista na divulgação. Plataformas como Catarse (crowdfunding) e programas como o Crie Games, do Sebrae, oferecem apoio importante. E claro: networking é tudo. Participe de eventos como Gamescom Latam ou EAI Jogos para conhecer investidores e parceiros.