Argentina encontrou uma forma de combater a nuvem de gafanhotos

Ações do país hermano diminuíram a quantidade da praga que se aproximava do Brasil

29/06/2020 10:11 / Atualizado em 16/07/2020 21:27

Neste sábado, 27, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina informou que conseguiu encontrar uma forma de combater a nuvem de gafanhotos que destruía plantações pelo país. A praga pairava sobre a província de Corrientes e, após medidas, houve uma diminuição na população da praga.

Nova nuvem de gafanhotos surge no Paraguai e preocupa brasileiros

Nuvem de gafanhotos
Nuvem de gafanhotos - Divulgação/Senasa

“As temperaturas permitiram movimentos da nuvem de gafanhotos a uma curta distância, atualmente localizada a 63 quilômetros de Curuzú Cuatiá, localizada em Corrientes, na Argentina. O deslocamento da nuvem foi monitorado ao longo do dia pelas equipes do Senasa”, disse em publicação no Twitter.

Na semana passada, autoridades argentinas haviam perdido o paradeiro da nuvem de gafanhotos. Não era possível saber a localização exata pois os insetos estão em uma área de “difícil acesso, com poucas estradas”. Mas já na sexta-feira, os insetos foram encontrados a 90 quilômetros a oeste de Curuzú Cuatiá.

Com o enfraquecimento da nuvem, devido à temperatura, e o trabalho feito com aviões e defensivos por parte dos argentinos, é pouco provável que os gafanhotos atravessem a fronteira com o Brasil, mesmo se os ventos e a temperatura contribuírem.

Na semana passada, os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina haviam declarado emergência devido à ameaça da praga.

Danos às plantações

O Senasa afirmou que a passagem dos insetos deixou lavouras de milho e mandioca destruídas. “Notamos a presença de uma nuvem de gafanhoto do Paraguai, em Colonia Santo Domingo, na cidade do General Manuel Belgrano, Formosa. Vamos avaliar a densidade da população da peste e os danos causados ao milho e mandioca”, disse na época.

Em aproximadamente um quilômetro quadrado, até 40 milhões de insetos podem ser mobilizados, comendo pastagens equivalentes ao que 2.000 vacas podem consumir em um dia, afirmou o órgão argentino.