Ciclone bomba se aproxima do Brasil e coloca RS sob alerta
Ainda de acordo com especialistas, as consequências poderão ser sentidas em Santa Catarina e no sudeste
Um ciclone se aproxima do Brasil e deve atingir o Rio Grande do Sul com ventos fortes e temporal entre esta terça-feira, 30 e a quarta-feira, 1º. O fenômeno, segundo a empresa de meteorologia MetSul é conhecido como “ciclone bomba” e deixa o estado gaúcho e Santa Catarina em alerta. Ainda de acordo com especialistas, as consequências poderão ser sentidas no sudeste.
No RS, os ventos podem superar os 100km/h, na capital, Porto Alegre, eles podem chegar a 80km/h. É comum o fenômeno promover queda de árvores, destelhamentos, além de ser possível que neve em Campos de Cima da Serra (RS) e na região do Planalto Sul (SC), segundo a Metsul que também aponta a queda de temperatura em todo o estado gaúcho e chuva para toda região Sul.
“Trata-se de um ciclone que ocorre quando há uma frente fria associada a um centro de baixa pressão”, afirmou o meteorologista Gilsane Costa Pinheiro, do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPPMET ) da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel).
- Ciclone extratropical e chuva intensa são esperados nesta semana; saiba como fica sua região
- Inmet emite alerta para tempestade perigosa a partir desta sexta-feira
- Qual a diferença entre furacão, ciclone e tornado?
- Alerta: INPE confirma aumento gigante de ondas de calor e dias sem chuva no Brasil
Segundo o especialista, o ciclone bomba é comum nesta época do ano. Neste caso, a frente fria que paira no RS vem da Argentina, enquanto o centro de baixa pressão se desloca do Paraguai, criam as condições para o fenômeno.
A MetSul divulgou um vídeo com explicações do meteorologista Estael Sias. Segundo ele, “Tivemos calor histórico há poucos dias, e estamos tendo incursão de uma potente massa de ar polar. ‘Ciclones bomba’ são muito comuns no norte da Europa e no nordeste dos Estados Unidos e também são gerados pelo contraste de temperatura. Na América do Sul, eles geralmente se formam em latitudes mais ao Sul do que está se formando. Esta é a condição atípica”.
Sias ainda apontou outra condição atípica. Segundo ele, a velocidade de formação do ciclone bomba está diferenciada o que pode influenciar o tempo também do Sudeste.