Claudia Rodrigues passa por novos exames: ‘bem, na medida do possível’
Atriz luta contra esclerose múltipla desde 2006
Internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o último domingo, 13, Claudia Rodrigues passou por novos exames e está bem, “na medida do possível”, disse a empresária da atriz, Adriane Bonato, em entrevista ao “TV Fama”, da RedeTV!.
“Até 2010 ela não fez tratamento. Essas lesões dela são muito profundas e não regeneram. Ela tem buracos no cérebro como todos os pacientes de esclerose têm. No caso dela, são profundos. Não existe uma cura para a esclerose. Até o momento foi constatado nos exames que a progressão da doença começou e atacou a parte cerebral”, afirmou Adriane.
Claudia Rodrigues segue na luta contra a esclerose múltipla, desde 2006, quando precisou se afastar da televisão para dar início ao tratamento.
Acompanhando o drama de Claudia desde o começo, Adriane Bonato disse que a degeneração está cada vez mais intensa: “Ela tinha 176 metros cúbicos de cérebro. Hoje ela tem 140 metros cúbicos”.
Para impedir a progressão da doença, a atriz está fazendo uso de remédios. “Se essa degeneração fosse maior do que está, nem essa medicação ela poderia tomar. São duas doses a cada seis meses. Fizemos o pedido ao plano de saúde e custa R$ 120 mil”, afirma a empresária, que acredita na possibilidade de cirurgia para novembro ou dezembro.
Adriane relata que Claudia Rodrigues está consciente. “Desde que foi internada, ela está consciente, brincando e sabe de tudo o que aconteceu com ela”, conclui.
ESCLEROSE
A doença é autoimune e degenerativa e afeta o sistema nervoso central. Com isso, o paciente tende a perder a capacidade de controlar o corpo. Em casos graves, perde a capacidade de andar e de falar.
A fadiga é um dos sintomas mais comuns apresentados por quem sofre da doença que ainda não tem cura. Geralmente o cansaço intenso se apresenta quando a pessoa faz um esforço físico. Esse é apenas um dos sinais da doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).
Estima-se que a esclerose múltipla atinja hoje no mundo 2,3 milhões de pessoas, sendo 35 mil brasileiras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é preciso ficar atento aos sinais, que em geral começam a aparecer na faixa dos 20 aos 40 anos, especialmente em mulheres.
Os mais atingidos com a esclerose são os mais jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
Sintomas
De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana. Entre os sintomas estão:
– Perda da visão, visão dupla ou embaçada
– Incontinência urinária
– Fraqueza em partes do corpo
– Dificuldade de engolir
– Formigamento das pernas ou de um lado do corpo
– Desequilíbrio
– Falta de coordenação motora
– Fadiga desproporcional à atividade realizada
– Dores crônicas
– Disfunção erétil nos homens
– Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres
Diagnóstico
A primeira coisa a ser feita em caso de suspeita de esclerose múltipla é buscar ajuda de um médico neurologista. Como existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas com sintomas parecidos, somente o médico saberá identificar.
O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal.
Tratamento
Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, há tratamentos que ajudam a atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença. Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções.