Porcos ficam mais calmos e alegres quando ouvem Bach

Música diminuiu brigas entre os suínos em experimento; animais também consumiram menos ração mantendo ganho de peso normal

Você gosta de ouvir Bach? Os porcos também. Uma pes­quisa de dou­to­rado re­a­li­zada Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, em Piracicaba (SP), mos­trou que suínos crescem me­lhor quando ouvem mú­sica clás­sica do com­po­sitor Johann Se­bas­tian Bach.

A pes­quisa é da doutora em ciências Érica Harue Ito. Ela utilizou cerca de 30 porcos, que foram divididos em duas baias. Um dos grupos, o de tratamento, ouvia a “Suíte nº1 em Sol Maior para Violoncelo” (BWV 1007), enquanto o outro, nomeado como de controle, não. De acordo com reportagem de Ane Cristina, da Agência USP (leia a íntegra aqui), o estudo durou um mês.

Música diminuiu brigas entre os suínos em experimento; animais também consumiram menos ração mantendo ganho de peso normal
Créditos: Alexas_Fotos/Creative Commons/Flickr
Música diminuiu brigas entre os suínos em experimento; animais também consumiram menos ração mantendo ganho de peso normal

Os re­sul­tados mos­tram que os suínos que ouviram a música clássica apresentaram menos agressividade e também ganharam mais peso comendo a mesma quantidade de ração que o grupo de controle, segundo a reportagem da Agência USP.

Segundo a pesquisadora, a descoberta é importante para os suinocultores, já que metade do custo da produção de porcos é com ração. Com a melhora na conversão (relação entre o consumo de ração e o peso dos animais), há a possibilidade de reduzir este gasto.

A música foi escolhida com base em referencial teórico, o que era necessário por ser validação de um novo método
Créditos: Heribert Duling/Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
A música foi escolhida com base em referencial teórico, o que era necessário por ser validação de um novo método

De acordo com Érica, a música foi escolhida com base em referencial teórico, o que era necessário por ser validação de um novo método. “Como eu estava validando uma metodologia em instalações abertas, eu tinha que seguir alguma coisa que já existia na literatura. Pesquisei sobre rock, pagode, mas não encontrei nada. Por mim, eu colocaria”, diz a pesquisadora.