Tempestade de areia pode se repetir no interior de SP

Esse tipo de fenômeno é comum na fronteira do Saara

Araçatuba, Barretos, Franca, Ribeirão Pretos e outras cidades do interior de São Paulo registraram uma tempestade de areia na tarde do último domingo, 26. O fenômeno é consequência de quase três meses de estiagem na região. Enquanto as chuvas não se regularizarem, o evento pode se repetir.

Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), o interior de São Paulo é a área mais seca do território brasileiro neste momento.

Tempestade de areia pode se repetir no interior de SP

Depois da nuvem avermelhada cobrir Ribeirão Preto, a cidade registrou 24,4 milímetros de precipitação em duas horas.

Nem todas as cidades afetadas pela tempestade de areia, no entanto, registraram chuva, o que pode propiciar a repetição do fenômeno na região.

A nuvem do fim de semana também foi registrada em cidades de Minas Gerais, como Frutal.

Haboob: A Tempestade de Areia

Esse tipo de nuvem de poeira é chamada de haboob, termo originado da palavra árabe habb (“vento”, em português), e é comum ao longo da fronteira sul do Saara e pode ser acompanhado por chuva e trovoada.

Haboob: A Tempestade de Areia
Créditos: Reprodução/Twitter
Haboob: A Tempestade de Areia

As rajadas de vento que precedem a chuva arrastam detritos leves –areia, poeira, fuligem etc– que se espalham rápido e cobrem, literalmente, a luz solar.

“Haboobs se formam muito rapidamente. Em questão de segundos, eles podem reduzir drasticamente a visibilidade”, explica a meteorologista Estael Sias, do MetSul.

“É importante estar alerta durante um haboob porque os ventos fortes podem derrubar árvores e linhas de energia. Estas tempestades de areia geralmente acabam em algumas horas.”

Na imagem, a tempestade de areia registrada em Barretos (SP)
Créditos: Reprodução/Twitter
Na imagem, a tempestade de areia registrada em Barretos (SP)

Na ocasião, o aeroporto de Ribeirão Preto registrou rajadas de 92,7 km/h.

Um haboob pode alcançar milhares de metros de altura e chegar a 160 km de largura, segundo o MetSul.

Tempestade registrada nas redes sociais

Nas redes sociais, moradores registraram a tempestade de areia em tempo real. Muitos deles, que vivem na região há anos, ficaram assustados com o fenômeno. Veja: