3 Xícaras de café por dia podem te manter 5 anos mais jovem

Entre as inúmeras bebidas presentes no dia a dia, o café ocupa um lugar de destaque tanto pela tradição quanto pelo interesse científico recente. Pesquisas publicadas até 2025 indicam que o consumo moderado de café pode estar associado a um envelhecimento biológico mais lento, especialmente em adultos sob forte carga de estresse mental. Esse possível efeito estaria ligado à proteção de estruturas celulares sensíveis, o que desperta a atenção de especialistas em longevidade e saúde preventiva.

Café e envelhecimento celular na visão da ciência

Em vez de olhar apenas para o número de anos de vida, pesquisadores analisam marcadores dentro das células, como os telômeros, pequenas pontas dos cromossomos que tendem a encurtar com o passar do tempo. Em diferentes estudos internacionais, adultos que bebem café de forma regular, em quantidade moderada, apresentaram telômeros relativamente mais longos do que aqueles que praticamente não consomem a bebida.

Essa associação não prova que o café seja a causa direta dessa diferença, mas indica um possível papel protetor. A hipótese mais citada é que os componentes do grão reduzem o impacto do estresse oxidativo, processo que danifica moléculas e acelera o desgaste celular. Com menos agressões internas, a perda de comprimento dos telômeros tenderia a ser mais lenta, sugerindo um envelhecimento biológico retardado.

Como o café pode influenciar o envelhecimento do corpo

A relação entre consumo de café e envelhecimento parece envolver vários mecanismos que se somam ao longo do tempo. O grão é fonte de antioxidantes, como polifenóis, que ajudam a neutralizar radicais livres, subprodutos naturais do metabolismo que, em excesso, atacam lipídios, proteínas e o próprio DNA das células.

Além disso, estudos apontam efeitos anti-inflamatórios discretos em quem toma café moderadamente, o que ajuda a reduzir a inflamação crônica de baixo grau ligada ao envelhecimento precoce. Há também sinais de impacto positivo na sensibilidade à insulina e na função vascular, o que pode favorecer o coração, o cérebro e outros órgãos com o avançar dos anos.

Componentes do café mais estudados na saúde

Alguns componentes do café têm sido mais estudados por seu efeito sobre as células e o envelhecimento. Eles atuam de formas diferentes, desde a proteção contra danos oxidativos até a modulação de receptores no sistema nervoso e nos vasos sanguíneos.

A lista a seguir resume os principais grupos de substâncias presentes no café e como eles podem colaborar para a proteção do organismo ao longo da vida:

• Polifenóis: compostos com ação antioxidante e moduladora da inflamação.
• Cafeína: estimula o sistema nervoso central e interage com receptores celulares.
• Diterpenos e outros componentes: variam conforme o tipo de preparo do café.

Abaixo um vídeo do canal dicas.de.saude8 no TikTok, mostrando 7 benefícios do café para a saúde, como melhora do foco, aumento de energia e ação antioxidante.

Quantidade de café diária considerada adequada

Quando se fala em café e envelhecimento, a quantidade diária é um ponto central a ser observado com cuidado. Diretrizes de órgãos de saúde sugerem como limite seguro para a maioria dos adultos o equivalente a 3 a 4 xícaras de café filtrado padrão por dia, o que corresponde em média a até 400 mg de cafeína.

Os estudos que observam telômeros mais longos costumam apontar para esse intervalo de 3 a 4 xícaras como faixa associada a melhores resultados. Abaixo disso, o efeito parece menos claro, e acima o benefício tende a se perder, com maior risco de palpitações, insônia ou irritabilidade, especialmente em pessoas sensíveis ou com doenças pré-existentes.

Descafeinado e cuidados importantes no consumo diário

Uma dúvida comum é se o café descafeinado também ajuda a retardar o envelhecimento celular. Pesquisas mostram que boa parte da ação antioxidante está ligada aos polifenóis, que permanecem presentes mesmo após a retirada da cafeína, permitindo que pessoas sensíveis continuem aproveitando alguns benefícios da bebida.

Apesar dos possíveis efeitos positivos, o café não deve ser visto como solução única para envelhecer bem e exige cuidados em grupos especiais, como gestantes e pessoas com arritmias, refluxo grave ou ansiedade. O consumo exagerado, o uso de muito açúcar e cremes gordurosos e o sedentarismo podem anular vantagens, por isso o ideal é inserir o café em um estilo de vida que inclua alimentação equilibrada, sono adequado, atividade física e bom manejo do estresse.