A ciência já é capaz de desviar a rota de um asteroide que está a caminho de eclodir com a Terra?
Em 2021, asteroide de 13 metros diâmetro acendeu sinal de alerta entre cientistas
Estudos recentes conduzidos pela NASA indicam que, neste momento, mais de um milhão de asteroides orbitam no Sistema Solar. Ou exatos 1 113 527 restos rochosos encontrados, em sua maioria, entre o Sol, Marte e Júpiter.
Diante de uma eventual ameaça causada pelo choque de um asteroide contra o planeta Terra, cientistas estão explorando uma abordagem surpreendente para evitar acontecimentos potencialmente catastróficos: pulsos de raios X desencadeados por explosões nucleares.
É possível desviar a rota de um asteroide contra a Terra?
Essa tecnologia, recriada em laboratório, pode se tornar uma opção inovadora para a defesa planetária. É o que revela artigo recente publicado na Nature Physics, que detalha como a energia liberada por uma explosão nuclear pode aquecer a superfície de um asteroide, gerando vapor e, assim, alterando sua trajetória.
Asteroides e cometas representam riscos consideráveis para o nosso planeta. A NASA, por exemplo, recentemente demonstrou a possibilidade de mudar o curso de um asteroide ao colidir diretamente com ele, na missão DART. Embora eficaz, essa abordagem física exige muito tempo, planejamento e grandes recursos.
Em contraste, o novo método aposta no poder dos raios X: ao atingir a superfície do asteroide com esses pulsos, parte dele vaporiza, criando um impulso que pode desviar o corpo celeste de sua rota.
Liderada por Nathan Moore, a equipe do Sandia National Laboratories, nos Estados Unidos, realizou experimentos com modelos de asteroides feitos de quartzo e sílica.
Ao aplicar os pulsos de raios X, eles observaram a formação de plumas de vapor capazes de acelerar os alvos simulados a até 70 metros por segundo.
Futuro do planeta
Com esses resultados promissores, os pesquisadores sugerem que essa técnica pode ser eficaz para desviar asteroides de até quatro quilômetros de diâmetro. O próximo passo será testar diferentes materiais e variações dos pulsos, ampliando as possibilidades dessa estratégia futurista de defesa planetária.