A tendência recente no mercado imobiliário de luxo envolve transformar bunkers subterrâneos em refúgios sofisticados. Bilionários como Mark Zuckerberg e Jeff Bezos lideram essa nova moda, com empreendimentos no Havaí e Miami, respectivamente, que oferecem proteção e luxo simultaneamente.

Motivados por ameaças como guerras e crises climáticas, esses abrigos são estrategicamente posicionados ao redor do mundo e estão sendo construídos por empresas como a Safe, que planeja desenvolver mais de mil desses “santuários globais”.

Transformação dos refúgios subterrâneos

Os novos bunkers não são meras estruturas de proteção. Eles possuem spas, restaurantes de alta gastronomia e tecnologias que simulam ambientes externos. A proposta é criar um ambiente autossuficiente, capaz de fornecer água, alimentos e suporte médico sem depender de infraestruturas externas.

Essa capacidade é crucial em cenários de isolamento por ataques nucleares ou desastres naturais, garantindo a segurança e o conforto dos ocupantes.

Segurança e tecnologia de ponta

Esses abrigos possuem sistemas de segurança comparáveis aos Sensitive Compartmented Information Facilities (SCIFs), utilizados para proteger contra espionagem eletromagnética.

Com proteção contra pulsos eletromagnéticos, os bunkers são isolados de redes de energia tradicionais e equipados para sustentar longos períodos sem conexões externas, respondendo à crescente demanda por privacidade e segurança em tempos incertos.

Custo

O custo desses refúgios é elevado, reforçando seu status exclusivo. Um espaço de 185 m² pode custar cerca de US$ 2 milhões (R$ 10,8 milhões), enquanto unidades maiores superam os US$ 20 milhões (R$ 108 milhões).

A adesão a esses espaços é altamente seletiva, disponível apenas mediante convite. Com o planejo de construir milhares de santuários globais, o mercado de bunkers de luxo está em franca expansão.