Aluguel grátis: como funciona esta alternativa que beneficia proprietários e inquilinos

Sob determinadas condições, o aluguel pode ser reduzido ou até eliminado temporariamente

24/08/2025 12:30

Assinar um contrato de aluguel é assumir um compromisso de peso, tanto para o inquilino, que passa a ter um novo lar com responsabilidades associadas, quanto para o proprietário, que entrega seu bem a terceiros esperando retorno financeiro e conservação.

Em geral, esse acordo envolve pagamentos mensais que pesam no bolso: para muitos brasileiros, o aluguel é o maior gasto fixo do orçamento.

O que pouca gente sabe é que, sob determinadas condições, esse custo pode ser reduzido ou até eliminado temporariamente, por meio de um acordo legalmente válido.

Aluguel grátis: como funciona esta alternativa que beneficia proprietários e inquilinos

Essa alternativa se torna viável principalmente quando o imóvel alugado necessita de melhorias ou reparos, e o próprio inquilino se dispõe a realizá-los.

Em vez de arcar com o pagamento das intervenções e, ao mesmo tempo, continuar pagando o aluguel cheio, algumas pessoas optam por negociar a compensação desses investimentos diretamente com o valor mensal do contrato.

O resultado pode ser um desconto parcial ou, em alguns casos, a suspensão total do pagamento por um período, até que os valores se equiparem.

Para que esse tipo de arranjo funcione, no entanto, é essencial que haja um acordo formal entre as partes. Nada deve ser feito com base apenas na confiança ou em conversas informais.

O ideal é que o contrato de locação já preveja essa possibilidade, especificando quais tipos de obra podem ser abatidos, quais limites de valor serão respeitados e como se dará o abatimento, se será integral ou parcelado nos meses seguintes.

Inquilino pode firmar acordo com proprietário do imóvel alugado, mas é necessário atenção aos detalhes

Mesmo que o contrato original não mencione essa alternativa, é possível firmar um aditivo contratual com os detalhes da negociação.

Neste documento, devem constar todos os aspectos da reforma, desde a autorização expressa do proprietário até a apresentação de comprovantes de gastos, como notas fiscais e recibos de serviços. Isso garante segurança jurídica para os dois lados e evita conflitos futuros.

É importante ressaltar que esse tipo de compensação costuma se aplicar apenas a obras que agregam valor ao imóvel ou que são necessárias para sua habitabilidade.

Melhorias estéticas ou opcionais, como uma nova pintura ou troca de luminárias, dificilmente são aceitas como justificativa para isenção.

Quando feito com clareza e respaldo legal, esse tipo de acordo pode ser vantajoso para ambos: o inquilino economiza e vive em um espaço mais adequado, enquanto o proprietário vê seu imóvel valorizado sem colocar a mão no bolso.