Análises apontam partículas de queimadas em água de chuva em SP
Na tarde da última segunda-feira a cidade ficou com o céu encoberto por nuvens escuras e o "dia virou noite"
Análises feitas por duas universidades mostraram que a água da chuva de cor escura que atingiu São Paulo na última segunda-feira, 19, continham partículas provenientes de queimadas bem acima do normal.
O material foi recolhido por moradores em vários pontos da capital.
Análise feita por pesquisadores do Instituto de Química da USP revelou a presença de reteno, uma substância proveniente da queima de biomassa e considerada um marcador de queimadas.
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O teste realizado pela Universidade Municipal de São Caetano (USCS) mostrou que a concentração de material particulado, ou seja, de fuligem, foi sete vezes maior do que a registrada na água de uma chuva normal.
Em entrevista ao G1, o professor Theotonio Pauliquevis, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que a “fumaça das queimadas atingiu as nuvens de chuva que já estavam sobre a cidade. A fuligem, que viaja a uma altura maior do que o material particulado proveniente da poluição comum, foi então absorvida pela nuvem – dando origem à chuva ‘preta’”.
Parte deste material particulado veio de queimadas de grandes proporções que acontecem na região da tríplice fronteira da Bolívia, Paraguai e Brasil, próximo da região de Corumbá (MS).
Na tarde da última segunda-feira a cidade de São Paulo ficou com o céu encoberto por nuvens escuras e o “dia virou noite”.