As 4 árvores mais antigas do mundo e onde encontrá-las.
O título de árvore mais antiga costuma ser disputado entre exemplares excepcionais
Existem árvores que já estavam aqui antes das pirâmides do Egito serem construídas. Esses gigantes vegetais atravessaram milênios e continuam vivos, testemunhando a história da humanidade desde seus primeiros passos.
Espalhadas por diferentes continentes, essas árvores antigas resistem a condições extremas e guardam segredos sobre o clima e o ambiente de épocas passadas. Conhecer onde estão e como sobrevivem tanto tempo nos conecta com a força da natureza.

Qual é a árvore viva mais antiga confirmada no planeta?
O título de árvore mais antiga costuma ser disputado entre exemplares excepcionais. Matusalém, um pinheiro bristlecone localizado nas Montanhas Brancas da Califórnia, possui cerca de 4.853 anos. Sua localização exata permanece em segredo para evitar vandalismo e preservar essa testemunha milenar.
Recentemente, cientistas identificaram um possível novo recordista. As principais árvores milenares vivas incluem:
- Alerce milenario: cipreste da Patagônia no Chile, estimado em mais de 5.400 anos, localizado no Parque Nacional Alerce Costero com 30 metros de altura e tronco de mais de 4 metros de diâmetro.
- Matusalém: pinheiro bristlecone californiano com aproximadamente 4.853 anos, vivendo em altitude superior a 3.000 metros em condições áridas e rochosas que favorecem sua longevidade.
- Sarv-e Abarqu: cipreste zoroastriano no Irã, com idade estimada entre 4.000 e 5.000 anos, considerado monumento nacional iraniano e possivelmente o ser vivo mais antigo da Ásia.
- Llangernyw Yew: teixo galês com cerca de 4.000 a 5.000 anos, plantado durante a Idade do Bronze no cemitério da Igreja de St. Digain, no País de Gales.
Veja o vídeo abaixo do perfil do Instagram chileturcopec mostrando a árvore milenar Alerce milenario:
Por que algumas árvores conseguem viver milhares de anos?
A longevidade das árvores resulta de adaptações específicas ao ambiente onde crescem. Espécies como o pinheiro bristlecone desenvolvem crescimento extremamente lento, madeira densa e resina abundante que protege contra pragas e decomposição. Esses organismos crescem em locais com pouca competição, como altas altitudes ou solos pobres.
Outro fator importante é a capacidade de sobreviver mesmo quando partes da árvore morrem. Muitas dessas espécies mantêm apenas uma faixa de tecido vivo no tronco, permitindo que continuem nutrindo-se e crescendo apesar de danos severos causados por raios, ventos ou condições climáticas extremas ao longo dos séculos.

Onde encontrar as árvores antigas mais impressionantes do mundo?
Diferentes regiões do planeta abrigam esses monumentos naturais vivos. A busca por essas árvores transformou-se em forma de turismo de natureza, atraindo visitantes interessados em conectar-se com a história profunda da Terra.
As principais localizações de árvores antigas acessíveis ao público são:
- Parque Nacional Sequoia, Califórnia: abriga a General Sherman, uma sequoia gigante de 2.200 a 2.700 anos com 83 metros de altura, além de várias outras sequoias milenares acessíveis por trilhas bem sinalizadas.
- Monte Etna, Sicília, Itália: a Castanheira dos Cem Cavalos possui entre 2.000 e 4.000 anos e fica a apenas 8 quilômetros da cratera de um dos vulcões mais ativos do mundo.
- Creta, Grécia: a Oliveira de Vouves com aproximadamente 3.000 anos ainda produz azeitonas apreciadas e está aberta para visitação, representando uma das sete oliveiras mediterrâneas milenares.
- Parque Nacional Fulufjället, Suécia: Old Tjikko, um abeto europeu clonal com sistema radicular de 9.550 anos, mostra como algumas espécies se regeneram continuamente mantendo a mesma base genética.
Como os cientistas determinam a idade exata dessas árvores?
A dendrocronologia permite descobrir a idade das árvores através da análise dos anéis de crescimento. Cada anel corresponde a um ano de vida, formado durante o período de crescimento anual. Cientistas coletam amostras cilíndricas do tronco sem danificar gravemente a árvore, usando ferramentas especiais que penetram até o centro.
Além da contagem de anéis, pesquisadores utilizam datação por radiocarbono e análises estatísticas para estimar idades quando a amostragem completa não é possível. Esses métodos revelam não apenas a idade, mas também informações valiosas sobre mudanças climáticas históricas, períodos de seca, incêndios e outros eventos ambientais registrados na estrutura da madeira ao longo dos milênios.