Brasil pode viver a maior estiagem da história até o fim do ano
Seca abrange uma área de 4,6 milhões de quilômetros quadrados
A seca vivida nos últimos meses e a estiagem prevista até o fim de 2024 pode ser a mais intensa já registrada no Brasil. O alerta foi divulgado em um estudo recente conduzido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
A análise, baseada em dados de satélite, revela um retrato desolador: cerca de 55% do território nacional está em risco, dominado pela estiagem. Doze dos principais rios brasileiros sentem o impacto severo dessa crise hídrica, com três deles – o Paraguai, o Paraná e o Amazonas – já atingindo níveis alarmantes.
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Essa seca abrange uma área colossal de 4,6 milhões de quilômetros quadrados, afetando principalmente o Centro-Oeste, Sudeste e a imensa floresta Amazônica.
Seca no Brasil: o que explica a maior estiagem da história?
Pesquisadores apontam que o protagonista por trás desse quadro devastador é o calor extremo. As intensas ondas de calor e o aumento generalizado das temperaturas têm desempenhado um papel ainda mais crítico do que a própria falta de chuvas.
A combinação entre calor excessivo e escassez hídrica exacerbou a situação de forma contínua desde o segundo semestre de 2023, atingindo seu ápice entre maio e agosto deste ano. E o pior pode estar por vir, já que setembro promete intensificar ainda mais essa crise.
Um futuro de extremos
Cientistas advertem que eventos naturais extremos – tanto de seca quanto de enchentes – tendem a se tornar mais comuns à medida que as mudanças climáticas se aprofundam. Este quadro coloca em xeque a gestão dos recursos hídricos do Brasil, evidenciando a urgência de ações efetivas para conter os impactos dessas transformações no clima global.
Em outras palavras, a corrida contra o tempo para adaptar-se a essa nova realidade climática já começou.