Cientistas ainda não conseguem descobrir se a água é “molhada”
O questionamento surge principalmente devido à presença global da água e sua interação frequente com superfícies sólidas
O debate científico sobre se a água é verdadeiramente molhada desafia as percepções tradicionais. Cientistas e filósofos discutem essa questão com base em definições variadas de “molhado”. O questionamento surge principalmente devido à presença global da água e sua interação frequente com superfícies sólidas.
O consenso científico estabelece a molhabilidade como a capacidade de um líquido interagir com superfícies. Segundo esta definição, a água não seria intrinsecamente molhada, mas poderia molhar outras superfícies.
Alguns estudiosos, no entanto, apontam que algo molhado é “constituído de líquido ou umidade”. Nesse caso, a água e outros líquidos, como o álcool, seriam naturalmente classificados como molhados.
Até o momento, não existe um consenso definitivo sobre a questão da água ser intrinsecamente molhada.

Forças por trás do conceito de molhado
O comportamento da água em diferentes superfícies está diretamente ligado às forças moleculares. As forças coesivas referem-se à ligação entre as moléculas de água, criando tensão superficial.
No entanto, são as forças adesivas que determinam a atração entre a água e outras superfícies, definindo se uma superfície será molhada.
Diferentes líquidos, diferentes comportamentos
Quando se compara a água a outros líquidos, como o mercúrio e o álcool, surgem comportamentos distintos. O mercúrio não molha a pele devido às suas intensas forças coesivas que mantêm suas moléculas unidas. Em contraste, o álcool tem uma capacidade de molhamento superior, devido a um equilíbrio particular entre coesão e adesão.
Aplicações práticas
Embora o debate sobre molhabilidade pareça teórico, implicações práticas são significativas. Tecnologias como tecidos impermeáveis e produtos de limpeza eficientes dependem desse entendimento.
A ciência da molhabilidade impacta áreas como engenharia civil, com materiais de construção autolimpantes, e até na formulação de produtos farmacêuticos.