Cláudia Rodrigues volta a ser internada e inicia novo tratamento
Atriz sentiu fortes dores de cabeça e começou a tomar remédio vindo dos EUA
Cláudia Rodrigues foi internada no último domingo, 1º, no Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo (SP), com fortes dores de cabeça, e nesta terça-feira, 3, iniciou um novo tratamento para a esclerose múltipla.
Agora, a atriz e humorista está usando medicamentos vindos dos Estados Unidos, segundo informou Adriane Bonato, assessora de imprensa da artista.
“A Claudinha está recebendo a medicação que chegou dos EUA. Ainda com muitas dores, não dormiu nada, chorou muito e com dores terríveis. Mas estamos esperançosos que hoje as dores acabem”, disse ao Uol.
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A profissional ainda desmentiu o boato de que a famosa teria morrido e pediu para que os fãs continuem torcendo por sua recuperação.
“Quanto a notícia que ela morreu só tenho uma coisa a dizer: Ela não morreu e não vai morrer, ela luta pela vida e para fazer o Brasil voltar a rir com o humor que ela faz […] Continuem orando por ela, pois juntos e unidos, conseguiremos essa graça […]”, finalizou.
Cláudia Rodrigues foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2000 e desde então já passou por diversas internações para tratar os sintomas da doença.
Esclerose múltipla
A doença é autoimune e degenerativa e afeta o sistema nervoso central. Com isso, o paciente tende a perder a capacidade de controlar o corpo. Em casos graves, perde a capacidade de andar e de falar.
A fadiga é um dos sintomas mais comuns apresentados por quem sofre da doença que ainda não tem cura. Geralmente o cansaço intenso se apresenta quando a pessoa faz um esforço físico. Esse é apenas um dos sinais da doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).
Estima-se que a esclerose múltipla atinja hoje no mundo 2,3 milhões de pessoas, sendo 35 mil brasileiras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é preciso ficar atento aos sinais, que em geral começam a aparecer na faixa dos 20 aos 40 anos, especialmente em mulheres.
Os mais atingidos com a esclerose são os mais jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
Sintomas
De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana. Entre os sintomas estão:
– Perda da visão, visão dupla ou embaçada
– Incontinência urinária
– Fraqueza em partes do corpo
– Dificuldade de engolir
– Formigamento das pernas ou de um lado do corpo
– Desequilíbrio
– Falta de coordenação motora
– Fadiga desproporcional à atividade realizada
– Dores crônicas
– Disfunção erétil nos homens
– Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres
Diagnóstico
A primeira coisa a ser feita em caso de suspeita de esclerose múltipla é buscar ajuda de um médico neurologista. Como existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas com sintomas parecidos, somente o médico saberá identificar.
O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal.
Tratamento
Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, há tratamentos que ajudam a atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença. Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções.